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The Four elements

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Mensagem por MoonSerenidade Sex 24 Out 2008 - 12:36

(por acaso hoje tambem ainda nao parei de dizer obrigado... XD)

de certeza k vai continuar
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Mensagem por AnA_Sant0s Seg 27 Out 2008 - 12:01

7. Fim de aulas e revelações - parte 1


Sophie tinha prometido encontrar o dono da criatura, mas com o fim de aulas e com os E.F.B.E.s, acabou por se esquecer da promessa.
Os alunos de Hogwards do 5º e 7º ano preparavam-se para os exames, não podendo haver excepção para Peter.
-Saí daí! Tens de estudar Encantamentos! – Gritava-lhe a irmã ao ouvido.
-Ah, não me apetece! Além disso não há muito que eu não saiba! – Respondeu, sorrindo.
-Não sejas muito confiante, até porque tens ainda de fazer o exame prático. – Disse Tom do outro canto da Torre dos Griffyndor, onde os quatro estudavam com os demais.
-Ah, eu sei tudo...
-Então, descreve-me o Encantamento da fúria. – Desafiou Sarah, com um sorriso no canto da boca.
-Bem…. Ah… bem…
-Não sabes?
-Sei, claro que sei... Eu estudei isso ontem! Ah, como é que era? Ah, sim… penso que tínhamos de misturar uma planta azul, cujo nome é muito estranho, e também um pouco de pêlo de unicórnio.
-Muito bem, vamos por partes: primeiro a planta “de nome estranho” é uma grriinia de pé ferrugento, segundo, a receita que deste é para uma POÇÃO e não um Encantamento, e terceiro… Não há encantamentos da fúria porque, como todos os alunos do 1ºANO SABEM, Encantamentos é o contrário das Maldições, ou seja, os feitiços são positivos e NUNCA negativos! Entendeste?
-ssssim… -via-se bastante embaraço na cara de Peter, principalmente porque Sarah fez questão de falar alto, fazendo com que cabeças se virassem para ele.
-Peter, tens de estudar! Sabes que Encantamentos é bastante importante para o teu N.I.E.M. – disse Anna
-eu sei, mas não consigo entender nada do que está escrito. Como vou decorar tudo numa semana?
-Não tens de decorar, tens é de entender, porque depois, no trabalho, o teu patrão não te vai deixar ir ver ao livrinho um simples encantamento. – afirmou Tom.
-Aff… Tou feito ao bife!
Sorrisos espalharam-se pela Sala comum.

A semana passou a correr, e os alunos estavam bastantes nervosos com os E.F.B.E.s e o resultado era uma biblioteca completamente cheia, um salão nobre completamente silencioso e o átrio vazio. No dia H, todos os alunos do 5º e 7º ano acordaram cedo para rever a matéria e estes ultimos prepararam-se para o primeiro exame por escrito: Defesa contra a magia negra.
O salão nobre estava ocupado pelos alunos do 5º ano que faziam exame de História da magia e feitiçaria, daí que os estudantes foram para uma sala do 3º andar. Essa sala era feita exclusivamente para os exames do 7º ano e foi aí que se realizaram todas as provas por escrito num único dia.
Sophie fez todos os exames sem dificuldade, especialmente a sua preferida, Herbologia. Apesar das dificuldades em poções, no final do dia, sentiu-se aliviada e contente por não ter havido grandes falhas.
Clinton e Sarah esmeraram-se em Defesa contra a magia negra e poções e no final do dia, enquanto Sarah estudava para os exames práticos, Clinton enfeitiçava os copos e divãs, furioso pelo exame de Transfiguração não lhe ter corrido como esperava.
Já Tom, desapareceu antes, durante e depois dos E.F.B.E's, só tendo sido visto a caminho do dormitório à noite. Sarah perguntava-lhe onde ele estivera, mas Tom fazia “ouvidos de mercador”.
Os exames práticos, ao contrário dos teóricos, realizaram-se durante toda a semana em dias diferentes.
Só no domingo é que os alunos descansaram e comemoraram o final do ano. Na Torre dos Griffyndor, Sarah conseguiu finalmente abordar Tom:
-Onde é que estiveste este tempo todo?
-A estudar! – Respondeu, ríspido.
-Sim, mas aonde?
-Não penso que seja importante.
-Não, não é, mas está toda a gente com curiosidade…
-Deixa então eles com a sua curiosidade – interrompeu
-Aconteceu alguma coisa? Estás estranho!
Tom suspirou.
-Não é nada! Pelo menos de importante.
-Sabes que podes confiar em mim.
-Eu sei. – Tom olhou-lhe nos olhos e por segundos, Sarah pode saber o que ele escondia.
-Tem alguma coisa a ver com a carta que recebeste?
-Em parte. Pedi a uma amiga do Profeta diário e ela arranjou informações.
-E?
Suspirou de novo e olhou para o cálice que segurava na mão.
-Ao que parece ela existiu. E já morreu.
-Ah! Isso é bom ou mau?
-Depende.
Sarah relembrou então a carta que Tom tinha recebido dois dias antes do jogo de Quidditch. A caligrafia era feminina e falava de uma mulher que se dizia ser a mãe de Tom.
-Já sabes quem mandou a carta? – Disse, ao mesmo tempo que respondia ao convite de Peter para um brinde.
-Não sei... nem quero saber. Estive este tempo todo a reflectir e decidi que vou ignorar a carta. Viva ou morta, essa mulher não me interessa! – E levantou-se para se juntar ao brinde com os amigos.

O último dia tinha chegado. Hagrid despedia-se de todos os alunos com quem sentia afinidades, em especial Tom e Sarah.
-Vou ter saudades vossas.
-E nós também – disse Tom
-Adeus e espero que consigam um bom… não “exelente” futuro.
-E iremos! – Sarah abraçou então Hagrid, fazendo Tom o mesmo.
Enquanto eles se afastavam Hagrid pensava: “Como eles estão crescido! Da primeira vez que os vi eram miúdos magrinhos e desconfiados… 7 anos mais tarde fizeram-se um Homem e uma Mulher.
Hagrid observou os seus amigos partirem no Expresso de Hogwards e virou as costas em direcção a Hogwards.

No Expresso, os alunos tentavam encontrar um compartimento para todos. Anna conseguiu encontrar um para os quatro. Quando Clinton e Sophie iam procurar um compartimento para os dois, este disse:
-Vou ter com a Prof. Helen… Tenho que lhe perguntar uma coisa. – E voltou-se antes de Sophie responder.
Esta tentou encontrar um compartimento vazio, mas estava tudo cheio, sendo obrigada a pedir lugar. Mas não havia lugares vazios. Até que chegou ao compartimento de Sarah e Tom no final do Expresso.
-Tem lugares aqui?
-Não! - Respondeu, secamente, Tom.
- Acho que cabe mais um! – disse Peter sem tirar os olhos de Sophie, maravilhado.
-O qu? – Perguntaram, surpresos Anna, Sarah e Tom.
-Sim… Deves caber aqui!
-Não obrigada. Se não há espaço, não vão inventar um…
E ia a voltar-se quando o Comboio tremeu fortemente durante 5 segundos.
-O que é que se passou? – Perguntou Peter.
Sophie ficou quieta agarrada á porta. Anna levantou-se para ver o que se passava e Tom seguiu-lhe o exemplo.
-Parece que houve um tremor de terra!
-Tremor de terra em Inglaterra? Posso ser estúpido, mas sei que isso não é normal aqui. – Disse Peter
-Verdade, não é normal, mas pode acontecer. – Sophie olhou para a janela – até porque estamos na ponte.
Clinton apareceu a correr:
-Estão todos bem?
-Calma meu, foi só um tremor de terra! – Afirmou Peter
-Pois, toda a gente pensa isso, mas uma miúda do 2º ano desmaiou. Parece que viu qualquer coisa lá fora.
Todos olharam para a janela. E o comboio tremeu. Ou melhor caiu!
Parecia que algum braço gigante empurrava a parte traseira, onde estavam os 6, para fora da ponte. Foi um movimento rápido que não deu tempo para Anna se segurar, acabando esta por cair. Clinton, rápido, conseguiu agarra-la.
-Não me largues! – Pediu Anna, assustada
A porta das traseiras abriu-se e mostrou um desfiladeiro bastante alto. Não haveria um problema para um feiticeiro normal, mas naquela situação, tanto Anna, como Clinton e os outros, de pouco lhes valiam tentar proteger-la, se não acabassem eles no fundo do desfiladeiro. E ainda por cima, as vassouras estavam fora da vista deles.
De repente, uma forte rajada de vento arrastou Sarah que só não caiu no vazio, porque Tom conseguiu agarra-la.
Tom entrou em Pânico. Se Sarah lhe escapasse, ele ficaria sozinho.
-Entrem todos para dentro do compartimento!!! – Ordenou.
Sophie e Peter entraram logo e Tom, puxou com força Sarah para cima, entrando de seguida para dentro do compartimento. No entanto Clinton, por alguma razão não conseguia puxar Anna, como se uma força a puxasse para baixo.
De repente Sarah viu no vazio, uma forma humana que sorria maleficamente. Um sorriso tão sinistro que não houve duvida que era a causa disto. Quando a forma ergueu a varinha, Sarah soube o que esta ia fazer. Levantou a varinha e, ao mesmo tempo que uma rajada levava Anna e Clinton para o vazio, Sarah fez um feitiço de protecção para que eles aterrassem suavemente. No entanto ao faze-lo deixou de usar uma das mãos que a seguravam á porta do compartimento. Sem essa protecção, Sarah caiu no vazio sem que ninguém ou ela própria pudesse impedir. Ao longe ouvia-se uma gargalhada.


Última edição por AnA_Sant0s em Ter 28 Out 2008 - 12:06, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : correcção dos erros)
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Mensagem por MoonSerenidade Seg 27 Out 2008 - 12:09

bem...

agora tou muito curiosa com o k vai acontecer...

de quem será akela gargalhada?!... hum...

fico á espera d mais
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Mensagem por AnA_Sant0s Seg 27 Out 2008 - 12:17

hehehe Twisted Evil ... nao vai demorar muito.. até porque tou cheia de inspiração!!! Smile
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Mensagem por MoonSerenidade Seg 27 Out 2008 - 12:21

ainda bem

inspiração é coisa k me falta agora
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Mensagem por AnA_Sant0s Seg 27 Out 2008 - 12:22

espero que ela venha depressa. que eu kero ver como é k a ginny se vai safar com a traição Twisted Evil
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Mensagem por MoonSerenidade Seg 27 Out 2008 - 12:25

isso ainda nao é no proximo hehe

para isso ainda vais ter de esperar um tempo

ja tenho metade escrito só k agora com os testes está dificil de o conseguir acabar, e a inspiração nao ajuda
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Mensagem por AnA_Sant0s Seg 27 Out 2008 - 12:32

ai.. tou tao curiosa.. é bom que essa inspiração venha depressa, se não tenho de ir aí a Torres Vedras obrigar-te a escrever mais um capitulo!!! Twisted Evil
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Mensagem por MoonSerenidade Seg 27 Out 2008 - 12:35

ahahah

vou tentar escreve-lo o mais depressa possivel mas nao prometo nada Razz

enquanto nao me vem a inspiração vou lendo a tua fic XD
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Mensagem por AnA_Sant0s Seg 27 Out 2008 - 12:39

brigada...

e já tenho ideias para uma nova. desta vez sobre a sailor moon... Very Happy
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Mensagem por AnA_Sant0s Qua 29 Out 2008 - 11:58

8. Fim de aulas e revelações parte 2

O grito ficou-lhe na garganta. Quando Sarah caiu no vazio, a porta abriu-se fortemente e Tom não só viu a amiga a cair, como ouviu uma pancada na beira da porta, como se algo tivesse batido. Ouviu também a gargalhada, mas não lhe deu atenção. A sua melhor amiga tinha acabado de cair em direcção á morte. Deixou cair uma lágrima, olhando de seguida, para os outros. Peter estava branco como o cal e Sophie, chocada. Como era possível que nenhum deles tenham evitado a morte dos 3 colegas?
De repente o Comboio voltou a mexer-se desta vez em sentido contrário, voltando a estar no seu caminho. A professora Helen e o Professor Slughorn apareceram.
Estão todos bem? – Pergunta o professor.
Nenhum dos rapazes conseguiu responder, então Sophie disse:
-Nós sim… os outros não…
-Outros, que outros?
-A Sarah, o Clinton e a Anna caíram... – Sophie apontou para a porta das traseiras que ainda permanecia aberta. E via-se uma pequena mancha de sangue. Tom entendeu que era de Sarah, quando esta bateu na porta. Sophie observava Tom e deu-lhe a impressão que as suas lágrimas brilhavam.
-caíram? – Foi a vez dos professores ficarem pálidos. Correram em direcção á porta, na esperança que eles tinham-se enganado, que os alunos não tinham de facto morrido e estavam neste momento a voar no céu. Era fantasia a mais, principalmente de Slughorn que já tinha visto pior.
O céu estava azul, sem nuvens e abaixo, um fio de água corria rapidamente e nada demonstrava sinal de vida para além de pássaros. Sophie, Tom e Peter foram ter com os professores. Estes últimos ainda não tinham dito uma palavra desde que Sarah caíra. Finalmente Peter murmura:
-Anna!
Helen olhava para ele com pena e tristeza. Conhecia a mãe dos gémeos e sabia o quão desgostosa esta ia ficar.
Sophie nota então num ponto negro no céu. Olha melhor e percebe que o ponto aproxima-se cada vez mais. Quando está a menos de 100 metros, Sophie reconheceu uma das criaturas. Esta tinha o olho do meio de cor vermelho – vivo. Quando mais este chegava, mais dava a impressão que tinha algo nas costas. E Tom viu Sarah desmaiada.
-Oh, por Deus! Sarah? – A Prof. Helen tentava acorda-la para que Sarah visse no perigo em que estava. Mas Sophie interveio:
-Não se preocupem. Ele não vai-lhe fazer mal. Entrega-la a nós, por favor – disse virando-se para a criatura.
Esta apenas acena e entrega Sarah aos braços de Tom. E depois desaparece.
“Que estranho!” – pensa Sophie.
-Ela não está bem. Tem um corte na cabeça. Vou buscar ajuda – Slughorn desapareceu como um raio dentro do corredor.
Tom suspira de alívio. Quase que a perdera. Tocou-lhe ao de leve na cabeça, onde estava o corte. Peter olhava para Tom com inveja, a sua irmã ainda não tinha sido encontrada, viva ou morta. Tremeu ao pensar na ultima hipótese. Sophie ainda tinha os pensamentos na Criatura. Nenhum deles imaginava o que Sarah tinha e estava a ver desde o momento da queda.

Tocou na cabeça. Doía-lhe muito. Viu que estava na Sala dos Duelos e que esta não estava vazia. Tinha ouvido falar do Clube dos Duelos que havia terminado por ordem no Ministério. De todos os lados encontravam-se alunos em euforia e um pequeno “palco” para os duelos, havia também dois professores, desconhecidos para Sarah, nas pontas.
-Muito bem. Passando ao duelo seguinte. Desta vez será a Miss Lewis. – Anunciava um dos professores.
E de um lado aplaudiram para uma rapariga loura, magra e de nariz empinado. O uniforme que ela usava mostrava o símbolo dos Slytherin.
-E do outro lado, Miss Campbell.
Os aplausos, bem como o choque de Sarah foram bem audíveis.
-O que? Eu lutar? Mas eu não quero… nem sei como estou aqui – disse virando-se para todos.
Mas estes não a ouviam, nem aplaudiram para ela. Sarah era invisível para todos, cujos olhos estavam posto numa rapariga que entrara do outro lado. O seu sorriso era confiante para uns, frio para outros. Os olhos verdes brilhavam como esmeraldas e davam a impressão de alegria. O seu uniforme exibia o símbolo dos Griffyndor.
Sarah ficou de boca aberta a olhar para ela própria a lutar naquele duelo.
Todos gritavam um nome: Haydée, como se esta fosse uma heroína.
Haydée ergueu a varinha, fazendo a sua adversária o mesmo. Esta gritou:
- Pullus.
Haydée riu-se com tal feitiço:
-Protego.
Apesar de ser um feitiço de protecção de nível mínimo, este defendeu-a sem qualquer falha.
- Sectumsempra.
Todos ficaram de boca aberta com tal feitiço, proibido nos duelos, mas um simples “protego” de Haydée foi o suficiente para a proteger, o que aumentou o espanto, inclusive o de Sarah. Quem seria aquela mulher que tinha o mesmo nome que ela? Tentou recordar-se dos tempos em que o Clube funcionou e a única data que lhe vinha á cabeça levava-lhe a crer que a mulher que se encontrava á sua frente era…
- Immobilus.
Só esse feitiço foi o bastante para acabar com o duelo. Sarah não acreditava no que estava a ver. Viu todos os Griffyndor a aproximarem-se de Haydée para apertarem-lhe a mão, mas esta simplesmente visava o lado dos Slytherin onde um rapaz pequeno e magro lhe dirigia o olhar. Esse era de ódio, sendo o de Haydée ainda menos discreto. Sarah olhou para o rapaz. Ele era-lhe familiar. Muito familiar!

Ouviu vozes á sua volta a dizerem que o comboio estava fora de serviço e que iriam ficar ali até de manha. Sempre era uma desculpa para procurarem Anna e Clinton sem preocupar os pais e os alunos.
Abriu os olhos. Tinha caído a noite e ela estava deitada num dos compartimentos. Conseguia ver Tom a olhar para ela com ar sereno. Ar esse, que perdeu quando viu que ela tinha acordado.
-Sarah? Estás bem?
-hum… Estou!
Helen aproximou-se:
-Bateste com a cabeça na porta e desmaiaste. Mas não foi nada de grave.
-Onde estão os outros? – Olhou em volta. Via Sophie observar a notite e Slughorn a falar com Peter.
-Ainda estamos á procura deles. Mas não te preocupes vamos encontrá-los rapidamente.
-Ainda não os encontraram? Estranho. Pensava que eles conseguiam vir cá ter sozinhos.
-Hã? O que queres dizer com isso? – Os presentes tinham os olhos postos em Sarah.
-Eu caí porque usei uma das mãos que me segurava á porta para fazer um feitiço de protecção ao Clinton e á Anna. Não entendo como eles ainda não foram encontrados.
-Então eles estão vivos? - Peter ergue-se num salto, esperançoso.
-Bem. Eu ganhei esta racha na cabeça ao impedir o contrário. Penso que não falhei!
Helen e Slughorn praticamente correram até aos outros professores afim de contar as novidades. Se Anna e Clinton estivessem vivos, seriam encontrados rapidamente.
Peter correu para Sarah, beijando-lhe as faces:
-Obrigada.
-De nada – disse, limpando a baba.
-Foi muito estranho isto que aconteceu… como é que o comboio descarrilou sozinho? – Perguntou Peter.
-Não foi sozinho. Foi um Homem que o fez! Eu vi-o!
Apenas Peter mostrou surpresa.
-O que queres dizer com isso?
-Não me digas que não ouviste a gargalhada? E nem viste o vulto?
-Não.
Foi a vez de Sarah de mostrar surpresa.
-Nenhum de vocês ouviu a gargalhada? Ou o vulto?
Tom e Sophie olharam entre si. Ambos tinham ouvido. Mas o vulto nenhum deles tinha visto
-Sim, eu ouvi a gargalhada. – Responderam em uníssono.
-Quer dizer que fui o único que não ouvi?
“Não. Os professores também não ouviram. Eles mostravam um enorme espanto, como se não soubessem como é que aquilo tinha acontecido. Isto é mesmo estranho. Sarah tinha visto o vulto, ela, Tom e eu ouvimos uma gargalhada, podia jurar que tinha visto uma das lágrimas de Tom a brilhar e Sarah tinha sido salva pela criatura, que apenas obedecia ao dono.”
Sophie olhou para os dois. “Será que eles são..?”
-Vem! vamos deixa-los sozinhos! – Chamou Peter.
-Há?
-Vem… Ás vezes há que dar espaço. E levou Sophie para fora do compartimento.

Os dois olharam um para o outro durante segundos, até que Tom abraçou Sarah:
-Pensei que te tinha perdido.
-Nunca te vais livrar de mim até á morte!
-A sério, não estou a brincar. Fiquei preocupado.
-Isso vê-se pela tua cara.
Tom corou até ás orelhas.
-Tu és a minha única família – ripostou.
-Mesmo assim, acho que estás a exagerar. E o seu pensamento voltou-se para o que viu durante a queda. Seria normal? O que se teria passado?
-Tom… como é que Ela se chamava?
-Ela, quem?
-Tu, sabes… Ela!
Tom tentou lembrar-se e veio-lhe á mente a única pessoa que Sarah nunca falava: a mãe.
-Penso que era Campbell, como tu.
-Não sejas engraçadinho! O primeiro nome.
-Sarah, penso que qualquer um, mesmo obrigado, lembrar-se-ia do nome da própria…
-Não digas essa palavra. Não tu, que também tens motivos de ódio. – Interrompeu.
-Ai, mas o caso é diferente. – Suspirou - Haydée, penso que era Haydée. Porquê?
-porque eu vi-a.
-como?
-quando estava desmaiada tive uma visão do Clube de Duelos. Ela estava lá a lutar contra uma rapariga. Essa não teve hipótese. – Suspirou profundamente- Tom, ela era igual a mim, ou melhor, EU é que sou igual a ela. E pior, ela era dos Griffyndor!
-Isso não diz nada – encostou a cabeça dela ao seu ombro. Tu não és igual a ela.
-Mas tu não a viste. As semelhanças, o olhar frio, o riso… Tom, espero nunca fazer aquele riso!
-Nunca irás. Tu não és como ela! Ela preferiu servir o mal em vez de ter uma família e uma filha que a amaria. Tu fizeste boas escolhas e iras sempre fazer!
-Penso que a minha melhor foi ter-te encontrado!
Ambos sorriram.
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Mensagem por AnA_Sant0s Qui 6 Nov 2008 - 10:48

depois de uma breve pausa, voltei a escrever e aqui está o 9 capitulo!!! Smile

9. O Amigo do Russo

Anna sentia uma brisa na cara, o que a fez despertar. Era noite num sítio que parecia uma antiga floresta, antiga porque as arvores pareciam queimadas por um incêndio. Incêndio? Anna viu a luz de uma fogueira. “Onde estou?”. Tentou lembrar-se de tudo e a imagem da queda não demorou a aparecer. Clinton havia a abraçado antes de uma nuvem os ter protegido da queda. Depois desmaiou.
Levantou a cabeça e olhou em volta. Clinton olhava, melancólico, para a fogueira. Este notou o desperto, mas nem olhou:

-já acordaste!
-hum… o que é que aconteceu?
-desmaiaste! – Ríspido, lançou um olhar breve sobre Anna.
-bem, isso, eu tinha percebido. Mas, depois de eu ter desmaiado, o que é que aconteceu?
Clinton demorou um certo tempo a responder.
-não sei.
-como não sabes?
-desmaiaste e de repente estávamos aqui.
-O que? Não notaste nada?
-não.
Clinton não notara nada, visto que olhara sempre para Anna, desde que esta quase caíra. Não lhe tirara os olhos de cima, nem mesmo quando ela desmaiou, mas isso não o impediu de ouvir uma gargalhada sinistra.
-o que é que achas que aconteceu no comboio? – Perguntou Anna, interrompendo os pensamentos de Clinton.
-Ah?! – Isso fê-lo olhar directamente para Anna.
Clinton já tinha ouvido falar dos gémeos em Hogwards, principalmente porque Peter dava nas vistas com as suas piadas e Anna era uma excelente aluna, e sabia que eles eram completamente diferentes tanto fisicamente como psicologicamente. No entanto, nunca tinha notado nela como agora. Ao contrário do irmão, cujos olhos eram pequenos e cinzentos, os dela eram grandes, curiosos e de um castanho da cor do carvalho. Os lábios eram grossos e o nariz adunco. Os cabelos eram compridos e lisos e tinham a mesma cor dos olhos. Anna era decididamente uma rapariga bela, mas, tal como o irmão, pouco ligava a compromissos.
-o que é que achas que aconteceu no comboio? Sabes… o tremor de terra? – Repetiu.
-não faço a mínima, mas sei que não foi um acidente.
- Achas que foi um feiticeiro?
-bem, se conheceres alguma criatura que consiga imitar as gargalhadas de um homem na perfeição, penso que poderemos excluir a hipótese. – Disse, sarcástico.
-não… Mas eu não ouvi nenhuma gargalhada! Deve ter sido quando eu desmaiei. – Com a varinha, transformou um corvo que estava por perto num cálice, que aproximou de si e encheu de água, bebendo em seguida aos goles.
-pois foi… – Clinton voltou a pensar no que tinha acontecido. Desde o jogo de Quidditch que coisas estranhas estavam a acontecer. Primeiros as estranhas criaturas e depois um acidente no expresso, coisa que nunca tinha acontecido, onde ele e Anna acabam longe dos outros. Perguntou-se se estavam á procura deles.
- O meu irmão deve estar preocupado. E a minha mãe! – Murmurou Anna.
-não te preocupes. Devem estar á nossa procura.
-mesmo assim. Eles podem pensar que estamos mortos. Podem desistir. E não podemos deixar que eles desistam. Temos que arranjar uma maneira de sair daqui.
-TU tens de arranjar uma maneira de sair daqui! Para mim tanto me faz – a voz suou-lhe rouca.
-o que queres dizer com isso. Tu não queres ir para casa?
Clinton, pela primeira vez, sorriu. Anna não sabia que nada na estação 9 ¾ esperava por ele.
-Para quê?
-para voltares a ver a tua família.
-eu não tenho família.
-não? E então a tua avó?
-ela está em St. Mungus. Magoou-se a tratar de uns duendes. Mas parece que um deles tinha pegado numa experiência que o vizinho da frente estava a fazer e então. Bem, uma substancia desconhecida na pele dela. E ela não é minha avó – disse, acrescentando.
-não?
-a minha mãe morreu no parto e o meu pai quando eu tinha 4 anos. Parece que nunca conseguiu recuperar a perda da minha mãe, e deixou-me ao cuidado de uma vizinha.
-ah! Eu não sabia.
-deixa lá. Praticamente ninguém sabe.
-mas então, para onde irias assim que chegasses á estação?
-iria visitar a minha “avó”! E depois iria para a casa dela.
Anna riu-se. Os seus risos eram jovens e puros e extremamente agradáveis. Como uma voz que Clinton jurava ter ouvido uma vez.
-é estranho como quase toda a gente não gosta de ti, mas tu até és simpático.
-eu não gosto de falar com outras pessoas. – Disse, timidamente.
-porque não? Elas podem pôr-nos mais contentes.
-ou tristes.
-depende das pessoas. Mas os amigos quase sempre nos põem felizes. É para isso que a palavra amizade é das mais bonitas de se ouvir.
-amizade! Dizes isso como se tivesses muitos amigos.
-e não tenho. Já me tinham dito que: o vencedor tem muitos amigos, o vencido tem bons amigos. Eu só preciso do Peter, da Sarah, do Tom e da minha mãe para ser feliz. Tu deves ter um amigo! – Disse, bebendo mais um gole de água.
-nem por isso.
-e a Sophie. Estás sempre com ela. Ela não é tua amiga?
-é… mais ou menos. Ela afasta-me.
-ela?
-a Sophie nunca foi dada a amigos. No entanto só consigo conversar com ela, porque nós temos muitas semelhanças.
-bem, tu agora estás a falar comigo. – Anna sorriu, quando viu a cara de espanto de Clinton virar-se para ela. Clinton podia ter olhos cor de avelã e cabelos loiros curtos, mas o melhor dele era mesmo o sorriso longo e fino.
-tu realmente deves fazer a cabeça ao teu irmão!
-ele detesta quando alguém é mais inteligente do que ele. Fica de mau humor.
-neste caso está sempre de mau humor.
Riram-se os dois durante um bom bocado.

Era de manha quando acordaram. Estavam sentados um ao lado do outro e Anna tinha o manto de Clinton por cima dela.
-bom dia.
-ah? Bom dia – Clinton estava surpreso de como aquela noite tinha sido real. Conversaram sobre tudo e mais alguma coisa e Anna não tivera problemas nenhuns de falar do irmão e dos melhores amigos. Naquele momento, Clinton sentira-se feliz.
-temos de começar a procurar um caminho de volta para casa.
-sim. – Pegou na varinha e murmurou “orienta-me”. Mas nada aconteceu.
-deixa-me tentar. – E Anna fez o mesmo. Mas também falhou.
-nada! Como é que pode acontecer? – Perguntou Anna.
-algo neste bosque não é normal. Estou a ver que temos de encontrar um caminho sem usar magia.
E começaram a caminhar. Havia um nevoeiro que impedia eles de verem alguma coisa. Anna, para espanto de Clinton, apertou-lhe a mão.
Avançaram mais sobre a floresta até que Clinton parou:
-o que foi? – Perguntou Anna.
-não ouves passos?
Anna escutou melhor e pôde então ouvir sons de passos. Eram pesados e lentos e vinham na direcção deles.
Os passos aproximaram-se. Clinton empurrou Anna para trás dele e ergueu a varinha. Começou então a ouvir uma música desafinada:
- Vamos dar um abraçinho
Ao Amigo do Russo
Se tu fores seu amiguinho
Ele dar-te-á grande uso.

La, la, la, la, la, la, la, la, laaa

Vamos dar um beijo ruidoso
Ao Amigo do Russo
Se tu fores generoso
Ele dar-te-á muito uso.

Os dois viram um duende bastante alto e feio a aproximar-se. Vestia trapos miseráveis, no entanto não se parecia importar com isso. Via-se dois dentes podres e um em falta na horrorosa boca e o cabelo era demasiado sujo para se descrever. No entanto este sorria e continuou a sorrir quando viu os desconhecidos:
-olá minha amiga e meu amigo
Estou a ver que precisam de ajuda
Se quiserem algum favor
É só comigo

-que bom! Poderás nos indicar o caminho para fora da floresta – perguntou Anna.
-para isso tem que fazer um favor
Ao Amigo do Russo
Mas façam-no com amor
Caso contrário não lhes dará uso

-este tipo irrita-me – sussurrou Clinton ao ouvido de Anna.
-sim, mas pode ser a nossa única esperança para sair daqui. – Respondeu, retomando a perguntar ao duende de seguida.
-não nos poderá ajudar?
- Para isso, o amigo do russo tem que ajudar
Ele conhece a floresta
E sabe que têm muito caminho para andar

-então… ah, o que devemos fazer? – Anna tremia de frio e desta vez, foi ela a entrar em choque, quando Clinton aconchegou os ombros dela e sussurrou-lhe:
-não faças isso, que devemos estar a vender a nossa alma a este tipo.
-Meus amigos
Para o Amigo do Russo ajudar
Têm de descobrir quem é
E dize-lo a gritar

- E como seria o Amigo do Russo? – Anna sentia-se estranha, porque Clinton não largava os seus ombros, acabando após um minuto por deixar de ter frio.
-Ele anda a cantarolar pela floresta
E é MUITO feliz!
O seu lema é que não há vida melhor que esta
E tem a vida que sempre quis
-e suponho que o Amigo do Russo sejas tu! – Clinton disse devagar, gritando as últimas palavras.
-e… certo!
O menino foi acertar
Agora o Amigo do Russo
Os vai ajudar

-ah, a sério? – Anna apertou o braço de Clinton com a alegria, não notando que este tinha corado levemente.
-sim, mas agora terão
Que o Amigo do Russo ajudar
Pois ele nada nos fará
Se feliz não ficar

-ai, ai, ai, que mato este tipo – os sussurros de Clinton pareciam, para Anna, cada vez mais audíveis, no entanto ou o duende não ouvia, ou fazia-se de mouco. – E como podemos ajudar? – Exibiu um sorriso falso.
-tem que procurar amoras!
Vão lá
Depressinha e sem demoras…

-Amoras? – Ambos olharam em volta. Não havia um único arbusto ou arvore que não parecesse queimado. Não havia praticamente vida naquela floresta.
-Onde iremos encontrar amoras neste sítio? – Anna arqueou as sobrancelhas.
-Olhem para ali
E verão a maravilha
Que docinhas que elas são
Vão apanha-las depressinha!

-Urght, “depressinha”? – Clinton ergueu os punhos, pronto para atacar, mas Anna impediu-o.
-“Depressinha”, como?
-Elas não são normais
“Tu é que não és normal” pensou Clinton.
Mas são boas de comer
No entanto há um encantamento
Que as põe sempre a correr

Apontou para um tronco de árvore e os dois jovens espantados e impacientes puderam ver uma pequena amora cor-de-rosa quieta. De repente ganhou pernas e pôs-se a correr.
-vamos apanhá-la! – Anna empurrou Clinton e lançou-se atrás da amora, que apanhou ao som de um feitiço de imobilização.
Clinton então lá se decidiu a ajudar Anna. O Amigo do Russo diz, entre lenga-lengas e rimas, que tinham que apanhar 20 cada um. Anna alcançou esse feito em 15 minutos, enquanto ainda faltava uma a Clinton. Mas parecia que não havia mais.
-Vou procurar mais além – Clinton suspirou e avançou.
Anna ficou á espera, até que Amigo do Russo, até na altura tinha estado calado, disse:
-a menina já pode ir embora.
Esta virou-se espantada, primeiro pelo tom que o duende falava. Rápido e frio. Segundo por este não ter usado rimas estúpidas e terceiro… ele estava a dizer simplesmente que ela podia ir embora.
-Embora? Mas como?
O duende estalou, então, os dedos e surgiu uma pena de pavão no chão. Era obviamente um botão de transporte.
-a menina já me fez o favor. Pode ir!
-mas… Mas, e o meu amigo?
-ele irá atrás, não se preocupe! – E sorriu.
Anna hesitou, não podia deixar Clinton sozinho. Não agora, que parecia que se tinham tornado amigos.
-se a menina não quiser ir… não vá, mas olhe que depois não tem novo bilhete.
-Ah... então eu vou! - E tocou na pena. De imediato desapareceu, deixando o cesto improvisado com as 20 amoras, no chão. O Duende passou-lhe ao lado, sem qualquer interesse.
Clinton sentia-se o Capuchinho Vermelho a apanhar amoras no chão. A diferença é que usava uma varinha. “A varinha!” Estranho como todos os feitiços resultavam, menos os de orientação. Quando finalmente encontrou a ultima que lhe faltava, Amigo do Russo apareceu-lhe á frente, esmagando a amora. Clinton olhou para cima e viu um sorriso maléfico, na cara do Duende. Devia ter calculado que não devia ter confiado naquele tipo.
-Onde está a Anna? - Perguntou.
-para onde tu não poderás buscá-la!
-o que é que queres? – Perguntou, cerrando os dentes, fortemente. Como é que ele tinha sido idiota e se ter deixado acreditar por esta criatura que não conhecia de lado nenhum? E agora Anna estava em perigo.
-eu? Nada! Mas o Chefe quer.
-Chefe?
-sim, e se queres que a tua amiga viva, é melhor teres… uma conversinha com ele.
-o que é que ele quer?
-já vais saber – e mostrou-lhe o mesmo botão de transporte que Anna havia usado. – Vai!
Clinton tocou na pena e desapareceu, perguntando-se no que é que se tinha metido e o que lhe esperava.
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Mensagem por AnA_Sant0s Sáb 15 Nov 2008 - 15:09

10. A canção de embalar

Aterrou numa caverna. Esta parecia ter a forma de ovo, grande, iluminada por 7 tochas, que exibiam uma chama forte. O chão de pedra estava frio, tal como a caverna, apesar do calor das tochas. No centro da caverna estava um homem segurando um cálice. Era alto, pálido e os seus cabelos eram negros. Os seus olhos eram tão negros como os cabelos e o seu olhar não lhe ficava atrás. Clinton era apenas um miúdo quando ouviu falar de Voldemort, e ouvira as descrições de várias pessoas. Mas aquele homem era talvez o único cuja característica era mais fiel á imaginação de Clinton. O homem sorriu.
-Sê bem-vindo, jovem! – A sua voz era grave e altiva. Era a gargalhada maléfica do comboio.
-quem és?
-bem, estou a ver que os teus pais não te ensinaram a ter educação pelos mais velhos. – O homem pegou no cálice e bebeu um gole de algo que parecia ser vinho branco. – O meu nome é Chefe para os meus servos, mas para os outros, inclusive a minha mãe, sou o Forrest. Tenho este nome porque a minha mãe uma vez visitou a Geórgia e apaixonou-se por um homem chamado Forrest e daí veio o meu nome.
Clinton ouvia a história sem qualquer interesse. “Onde estará Anna? Quem era este homem?” estas perguntas não saíam da sua cabeça. Estava a ficar impaciente. E Forrest percebeu isso.
-A minha história deve aborrecer-te, não? – Disse sorrindo.
-Quero saber onde está a minha amiga!
-Tens coragem! És igual a uma mulher que eu conheci. Ela tinha muita garra! E era amiga de uma pessoa muito especial para mim.
-Não me respondeste!
Forrest bebeu o resto do cálice e deu-o ao Amigo do Russo que começou a limpá-lo com a língua. Clinton pode imaginar que a sua cara passara que Beja para verde. Forrest virou-se para o Amigo do Russo.
-Não é interessante? Qualquer pessoa normal pensaria que é nojento e uma falta de higiene, mas se notares melhor, ele não é normal. Fui eu que o criei! Criei-o para ele ser-me fiel, ouvir-me quando eu quero, trabalhar sempre que eu quiser e descansar se eu quiser. Não tem vontades e, claro para que não ficar deprimido, ponho-o sempre alegre. Mas, como só fico alegre quando estou zangado, criei-o para que ele falasse sempre entre rimas estúpidas para assim ter sempre razão para lhe bater ou amaldiçoar.
-Como é capaz? – Clinton sentiu então pena da criatura.
-Acredita meu jovem que já fiz pior. – Forrest voltou a virar-se. Ergue a sua varinha e fez aparecer uma nuvem e em cima da nuvem, estava Anna desmaiada.
-Anna! – Clinton chegou perto e agarrou mão dela. Estava pálida e gelada. A pulsação era fraca. Se não estava morta, estaria dentro de minutos. – O que lhe fez?
-não te preocupes, se fizeres tu o que eu quiser, em breve tu e tua amiguinha estarão num campo próximo aos saltinhos a apanhar amoras. – E riu alto perante o choque na cara de Clinton.
-o que queres de mim? – Disse, sem nunca largar a mão de Anna.
-quero que encontres um cristal que me pertence.
-Cristal?
-sim! O cristal da água pertence-me por direito e preciso que o encontres. E para tal tens de encontrar as criaturas que visitaram a tua escola no último mês!
-aquelas criaturas? Como o farei?
-isso tens de descobrir. E quando encontrares o cristal lembra-te que é igual a este só que é azul – disse, mostrando um, cor de fogo. Um cristal que atraía o olhar de todos e o de Clinton não era excepção. Conseguia sentir uma enorme fonte de poder dentro daquela pequena pedra em forma de gota de água.
-assim que mo trazeres, a tua amiga acordará. Dou-te o tempo que precisares, mas lembra-te de não contares nada a ninguém porque haverei de saber. E se eu souber. – Ergue a varinha para Anna e Clinton viu-a incendiar por 2 segundos. Anna, ainda viva, gemeu de dor.
-Tudo bem. Eu fá-lo-ei! E não contarei a ninguém…
-muito bem.
-mas quero saber porque é que me escolheste a mim? Foi porque fui o único que não aguentou a força do vento e caiu?
-Depende, estou a falar com Clinton Burrows?
-siim... Como sabe o meu nome?
-eu conheci a tua mãe. Essa é a razão pela qual te escolhi. Sabe melhor dar ordens a conhecidos do que a desconhecidos – deu uma gargalhada semelhante á do comboio e ergue a varinha de novo. Clinton desapareceu.


O expresso de Hogwards havia finalmente chegado à estação 9 ¾ e Sarah, Peter, Tom e Sophie foram os primeiros a sair do comboio. Peter correu para a mãe, que já tinha sido informada do desaparecimento de Anna. Abraçou-a e sussurrou-lhe ao ouvido pequenas frases de consolo e acabou por chorar como a mãe. Sarah e Tom falavam entre si e Sophie ouvia a conversa.
-Pergunto-me o que terá acontecido a eles. – Sarah não tirava os olhos da imagem de família desolada.
-Eu pergunto-me foi o que é que aconteceu no comboio. As rajadas eram fortes, mas o dia fora ameno e apenas duraram o tempo em que Anna e Clinton ficaram perderam o equilíbrio. – Disse Tom.
E pergunto-me mas é porque é que quando eu estava à procura de lugar estava tudo cheio e depois quando houve o acidente, ninguém dos outros compartimentos saíram para ver o que se passava. – Interveio Sophie.
Tom e Sarah olharam para Sophie. Aquilo que tinha acontecido no comboio não era normal.
Ambos suspiravam, e então Sophie nota numa sombra vinda de trás bastante familiar.
-CLINTON! – e correu para ele.
Todos olharam em redor, incluindo professores e Peter e a mãe. Clinton estava ali, ileso, sem o seu manto e com uma cara que podia dizer “não falem comigo! Vi alguém morrer”.
-estás bem? – Sem saber o que lhe dera, abraçou-o. Serviu para Clinton acordar do trauma do que vira.
-estou, estou bem!
-Onde está a Anna? – Perguntou Tom.
Agora Clinton tinha todos os olhares postos em si. Não lhes podia dizer que Anna não estava com ele. Não lhes podia dizer nada. Só mentir.
-perdi-me dela.
-Perdeste como? – Peter estava quase a saltar para cima de Clinton como se ele tivesse morto Anna.
-Não sei. Na altura da queda desmaiei e não vi nada. – Clinton baixou os olhos para o chão para não ter de fitar os olhos de Peter e da mãe dele.
-O quê? – Peter não se controlou e recomeço a chorar, seguido pela mãe. Os professores começaram então a fazer outras perguntas e Clinton respondeu-as com os olhos postos no chão. Para não se enrolar na mentira contou uma mentira simples e foi isso que fez Tom despertar. Clinton lembrava-se de ter caído, mas não falou de como largara a mão de Anna e nem se quer tinha referido de quando havia desmaiado.
-Não achas que o teu amiguinho está a mentir? – Sussurrou a Sophie.
-soube isso quando ele disse que tinha perdido Anna – respondeu.
-é melhor ficarmos de olho nele – disse Tom.

Clinton, após descansar e responder a mais umas perguntas aos homens de fato do ministério, levantou-se.
-onde é que vais? – Perguntou Sarah.
-a St. Mungus visitar a minha avó – respondeu.
-Nós vamos contigo.
-nós?
-sim nós! – E por detrás de Sarah estava Tom e Sophie.
-O que querem?
-Tu sabes onde está Anna. Só não queres dizer. – Argumentou Tom, sem tirar os olhos de Clinton.
-Não sei e também nenhum de vocês me conhece bem para dizer isso.
-é verdade Clinton, mas sabemos que o que aconteceu no comboio é ainda mais estranho e por isso, não é de estranhar que nós tenhamos mais cuidado agora. – Disse calmamente, Sophie.
-não preciso de guarda-costas.
-não vamos ser teus guarda-costas. Temos mais que fazer. Só vamos contigo visitar a tua avó e não há mais discussão – disse Sarah, dando por fim a conversa.

A viajem para St. Mungus foi calma e silenciosa. A Prof. Helen ofereceu-se para levá-los no seu carro. Ao pararem à entrada, despediram-se e entraram. Dirigiram-se rapidamente, melhor dizendo, Clinton dirigiu-se rapidamente com os outros atrás em direcção a um quarto do 1º andar. O primeiro número escrito na porta era um 1 mas os outros ou tinham desaparecido ou tinham sido retirados. Clinton entrou, seguido de Sarah e de Sophie. Tom ficou na porta e observar o hospital. Nunca tinha estado ali. Estava prestes a entrar quando ouviu uma bela voz.

-dorme meu filho
Dorme a sonhar
Não tenhas medo
A mãe está aqui para te abraçar

Dorme sem chorar
Eu nunca te irei
Abandonar
Mesmo que o mau
Apareça eu
Nunca te vou deixar

A voz era amadora, mas harmoniosa e familiar. Tom sentiu-se hipnotizado com aquela voz que parecia inaudível a todos. Começou a seguir a voz que cantava cada vez mais triste.

-Dorme meu filho
Eu vou-te beijar
Na face redonda
Que eu fui
Amar

Era triste ouvir tal melodia, Tom imaginou que fosse esse o motivo para ninguém ouvir, mas depois um velhote que por ali passava comentou:

-é sem dúvida uma mulher jovem que está no Quarto Escuro. E está sempre a cantar. Deve ser doida varrida.
-se é doida varrida, porque está naquela sala e não noutro quarto? O caso dela não seria único – comentou outro velhote que acompanha o outro.
-sei lá. – Respondeu o outro, seguindo, então caminho.

Tom ainda estava a seguir a voz quando esta parou. Virou-se para uma porta de carvalho negra. O Quarto Escuro. A porta estava aberta.
A tentação era enorme para deixá-la ir embora. Rodou a maçaneta e entrou. O quarto estava totalmente escuro, mas notava-se a presença de uma figura ao lado de uma pequena vela. Ela virou-se e ele pode ver os seus olhos. Devido ao escuro não pode distinguir cor, mas pode ver que eram claros e eram brilhantes.
Ela olhava para ela ainda a tentar adaptar-se ao escuro.
-John, és tu? – Perguntou.
Tom viu os olhos dela brilharem, mas de loucura. Sem saber o que fazer correu. Saiu do quarto em direcção á porta de St. Mungus, esquecendo que não viera sozinho, apenas querendo tirar a imagem daquela mulher da sua cabeça.
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Mensagem por MoonSerenidade Ter 18 Nov 2008 - 5:13

bem andava um bocado atrasada em relaçao aos capitulos ^^'

adorei

afinal kem esta no quarto escuro? hum...

fico á espera de mais
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Mensagem por AnA_Sant0s Ter 18 Nov 2008 - 10:34

obrigada..

esta historia ja ta planeada, o problema é torná-la interessante Razz
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Mensagem por AnA_Sant0s Seg 1 Dez 2008 - 10:06

11. Uma noite estranha parte 1

Tom correu o mais que pode, sem se importar com as pessoas que chocava ou com quem deixara em St. Mungus. Aqueles olhos não lhe saíam da cabeça. Como era possível que uma mulher o levasse á loucura só de ver os seus olhos? Nunca lhe tinha acontecido. Parou junto a um muro e pousou a mão na parede fria e cinzenta. A música era-lhe familiar, assim como aquela voz. Amadora mas extremamente doce e maravilhosa. E os olhos. Até um cego notaria na loucura visível e na beleza ali exibida. Não se distinguia a cor, mas eram lindos. Como é que olhos tão belos podiam estar sedentos de loucura? E como é que a mulher permanecia louca? Não havia cura para isso? Os feiticeiros podiam curar ossos e efeitos de poções, mas reparar um mal cerebral ou algo do género não podiam?
Tom olhou para o céu, onde o pôr-do-sol teimava a aparecer. Talvez por vontade ou porque estava impedido de tal. Nuvens negras cobriam o céu, avisando os ingleses de previsão de chuva. E assim foi. A chuva caía lentamente, como se tivesse todo o tempo do mundo. Caía sobre Tom que sorria a cada toque com a água. Água era o seu elemento. Sempre fora um ás em todos os desportos aquáticos e sentia-se bem dentro de água. Podia aguentar muito tempo sem respirar e só o fazia porque era um ser humano que precisava de oxigénio. Se pudesse, Tom passaria o resto da vida debaixo de água, longe dos barulhos, das pessoas, num mundo azul e harmonioso.
Avançou sem pegar na varinha para se proteger da chuva. Magia nem sempre era necessária.
As ruas estavam agora quase vazias, com um pequeno número de pessoas com guarda-chuva que corriam apressadamente, porque ouviram no noticiário que a chuva iria piorar e ainda havia o risco de tempestade. Mas Tom não sabia disso e continuou. Os gatos vadios tinham-se escondido onde a água não chegava. Os cães também. Pássaros não se ouviam. Os carros também avançavam rapidamente. Parecia que todos sabiam o que ia acontecer.

*******************

-Então para onde é que irás enquanto eu estiver aqui? – Perguntava, em St. Mungus, uma senhora idosa na sua cama para um rapaz louro acompanhado por duas raparigas.
-Fico por aqui. Não há necessidade de ir para casa quando ela está vazia. – Respondeu Clinton, após lhe dar um beijo na face rosada da senhora.
-Mas não vais ficar 24 horas comigo… porque não passeias com a tua namorada? – Perguntou a senhora, erguendo o dedo para Sarah, mudando depois, confusa, para Sophie, trocando a posição. – Isto é… se eu soubesse qual é…
Clinton não resistiu e riu-se.
-nenhuma delas é minha namorada.
-pois, mas deviam ser. É que elas são muito bonitas – argumentou a senhora, embaraçando Sophie e Sarah, que coraram levemente.
-Ah, são minhas... amigas. E também não tenho pressa em arranjar namorada. – Ripostou Clinton, tentando defender-se apesar de saber que era inútil. – Tenho mais coisas em que pensar. E o seu pensamento virou-se para Anna.
-muito bem, como queiras. Mas depois não digas que eu não te avisei. – Disse a senhora, pondo as mãos nos seus cabelos brancos. “Estou a ficar velha!” dizia a toda a hora. Mas o jovem de quem tinha ficado por cuidar fazia-a sentir o contrário. Clinton era o filho que nunca teve, mas sabia que este, mantinha certa distancia de todos, talvez por nunca ter tido uma mãe. Mas isso não o impedia de lhe dar um beijo quando chega a casa nas férias de Hogwards. Não o impedia de falar sobre tudo o que acontecia e de lhe escrever uma carta por semana. Sorriu e olhou melhor para as raparigas que se encontravam ao lado do seu rapaz. A loira mantinha os olhos em Clinton, como se este tivesse feito uma travessura e ela estivesse prestes a apanhá-lo e a outra olhava para a porta, á espera de alguém. De repente ouviu-se a música.
-Oh, ela não canta bem? - disse a senhora, fechando os olhos para escutar a bela melodia.
Sophie, Clinton e Sarah ficaram estáticos a ouvir. Sarah pensou em Tom e espreitou pela porta. O amigo tinha desaparecido. A melodia não parava de soar e a voz estava cada vez mais triste.
Quando o último verso foi cantado, Sarah ficou muda, surda e cega para o mundo. “Aquela canção…”
-impressionante! pergunto-me quem será essa rapariga – disse a senhora, abrindo de novo os olhos.
-quem é ela? – Perguntou Clinton ainda a escutar a música, estranhamente familiar.
-Não sei. Ninguém sabe. Ela está no Quarto Escuro e lá ninguém entra! É muito estranho, mas já é assim há muito tempo.
-Sarah estás bem? Estás pálida! – Sophie, virou-se para ela. De facto Sarah estava branca como cal e tinha os olhos muito abertos para o chão. Parecia assustada. – o que aconteceu?
“Contar-lhe-ei? Ela não tem nada a ver com a minha vida! Mas parece tão preocupada! Aquela canção…” Sarah fitou Sophie, Clinton e a avó deste. E disse.
-Não é nada… Só gostava de saber onde está Tom. – E voltou-se para a porta. A música já tinha terminado e algo corria pelos corredores. Sarah distinguiu Tom, mas não o chamou. “Será que ele sabe que canção é esta?”.
Clinton e Sophie não tiravam os olhos de Sarah, que se dirigiu para a janela. De lá viu Tom a afastar-se á chuva. E as lágrimas apareceram. Tentou aguentadas mas não pode. E saiu do quarto, seguida por uma figura loira.
Seguiu por outra rua, longe do caminho de Tom, onde, sem saber que era seguida, chorou como nunca. Sentou-se no banco de pedra, agora molhado. E chorou. Chorou como se estivesse a passar pelo mesmo. A água caía como ácido na pele. Rápido e breve. Uma gota e outra seguida. As lágrimas eram mais lentas. Uma lágrima… outra…e um abraço.
Sarah espantou-se com a atitude de Sophie, que a abraçava com força, como a uma irmã. Durante 2 minutos permaneceram assim, até que Sophie afastou-se e disse:
-Sei que no passado fomos inimigas, mas agora a escola acabou e nós somos… bem, adultas. Não há necessidade de mais discussões. – Sorriu. – Podes contar-me ou podes não dizer nada, que não fico ofendida.
-Ela cantava-me esta canção! – Conseguiu dizer, entre soluços, Sarah. – Antes de me deixar no meu quarto.
-quem?
-a minha prima. Ela cantava para mim e para Tessy. Tínhamos a mesma idade. Quando ela saía, ele entrava e a “brincadeira” começava. Éramos os seus brinquedos. Um ex-devorador da morte nunca muda. Torturava-nos como animais. Não parava com os nossos gritos. Só quando a minha prima dava sinais de acordar é que ele parava. Nem sei como ela nunca acordou. Chegava uma altura em que a dor não era nada. Já não gritamos e as lágrimas dificilmente saíam. – Sarah fitou o chão. Era difícil recordar, mas não era aquela memoria a mais difícil.
Sophie não lhe perguntou sobre os pais, nem mais pormenores. Sarah contar-lhe-ia se quisesse.
-Houve um dia em que nós nos fartamos. Ele estava prestes a continuar, quando Tessy mandou objectos á cabeça dele. Tínhamos acabado de descobrir os nossos poderes mágicos. Apanhamo-lo desprevenido. Eu corri para o quarto da minha prima. Ela tinha tido uma emergência no trabalho. – Sarah soluçou bastante, abraçando-se a Sophie. “A culpa é minha!” pensava. – Corri para rua. Deixei Tessy com ele. E… - parou deixando cair a cabeça.
-E…? o que aconteceu?
-Não sei bem. Estava furiosa e a chover, quando aquilo aconteceu.
-Aquilo?
-sim. A casa incendiou-se tão depressa, o fogo era tão forte…
-espera, disseste que a casa incendiou em pleno dia de chuva? – Espantada, Sophie virou-se para Sarah. – Como é que isso é possível?
-Não sei. Mas foi tão forte que eles não tiveram tempo de sair. Nem um feiticeiro. Nem uma criança. E as chamas consumiram a casa tão depressa. Tão fortes – Sarah já não chorava. Fitava o céu escuro. O pôr-do-sol aparecera e desaparecera como um raio. – A culpa fora minha.
-como poderia ser tua se eras apenas uma criança?
Sarah riu-se. Ela não sabia como fora. Uma mulher chegara perto dela e perguntara o seu nome. Quando respondera, a cara da mulher transformou-se rapidamente. De neutra para choque. Ela era a culpada e todos sabiam disso. No entanto não a condenaram, nem limitaram os feitiços em Hogwards. Uma vida quase normal.


****************
Em St. Mungus uma figura observava o céu negro. Conseguia pressentir os raios a chegar. Conseguia sentir o vento mais forte. E mais do que isso. Sentia a água da chuva a ficar mais negra e forte. Água que tocava nos seus olhos verdes e escorria lentamente ao som do vento. A natureza tinha o seu ritmo. E algo estava mudado. Algo estava para acontecer. E Ele não podia fazer nada.
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Mensagem por MoonSerenidade Ter 2 Dez 2008 - 12:20

so tenho uma pergunta...

ok por acaso ate sao duas...

primeira:

como arranjas tempo e imaginaçao pra escrever tao rapido? XD

e a segunda:

se esta é a primeira parte quando se pode ler a segunda?

adorei o capitulo
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Mensagem por AnA_Sant0s Ter 2 Dez 2008 - 12:41

1ª questão.... falta de imaginação não me faltam (tou cheia de ideias para fics e algumas nao sao nada mal) e tempo tenho sempre, apesar dos testes....

2ª questao... tava a pensar em fazer isso amanha, mas como tenho dois testes importantes e outro vou estudar.. pá semana já tou livre Smile
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Mensagem por MoonSerenidade Ter 2 Dez 2008 - 12:46

pois... os testes tao a mais Razz
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Mensagem por AnA_Sant0s Ter 2 Dez 2008 - 13:02

pois, mas tu é que já devias ter posto um novo capitulo Smile
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Mensagem por MoonSerenidade Ter 2 Dez 2008 - 13:05

tenho andado a escrever nas aulas XD

falta-me tempo para acaba-lo e passar a pc, mas ate domingo ainda o devo pôr
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Mensagem por AnA_Sant0s Ter 2 Dez 2008 - 13:09

espero bem Wink

tenho aqui umas ideias para esta fic, mas a melhor parte vais ser o confronto...
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Mensagem por AnA_Sant0s Qui 11 Dez 2008 - 11:49

nha nha nha aqui está este capitulo que fiz em casa de um amigo, quando estava aborrecida Razz

12. Uma noite estranha parte 2


Eram 7 horas e o céu estava escuro, algo invulgar nos finais da primavera. O som distante de um trovão interrompeu todos os pensamentos e diálogos dos presentes ao espectáculo. Sarah e Sophie miraram o céu, porque não sabiam o que dizer e também porque pressentiam que algo estranho estava para acontecer. Tom interrompeu os seus pensamentos quando a chuva, que caía num ritmo constante, começou a acelerar caindo sem qualquer ritmo e melodia habitual. Algo estava errado.
Clinton, do quarto em St. Mungus, via nuvens negras sobre o céu e sentia o vento mais forte. Dirigiu-se para a entrada sem dizer uma palavra á sua avó.
A figura no Quarto Escuro dormia pacificamente, exibindo um sorriso nos lábios. Encontrava-se alheia ao que se passava lá fora, no entanto, nos seus sonhos, memórias mais doces surgiam e desapareciam como fumo. Quem lhe dera saber o que é que significavam.
Não havia um único muggle na rua. Nem um feiticeiro. Parecia que todos sabiam o que se passava. Mas a verdade é que não sabiam. Apenas estavam no sítio certo, à hora certa. Ao contrário deles.

********************
Foi forte. Nunca mais se esqueceria daquele dia. Dia em que tudo lhe fora revelado da pior maneira. Era fraco. Não podia fazer nada para impedir isso. Por mais que quisesse. Clinton acordou assustado. Ainda com esperança de que fosse um sonho. Que a história que ouvira não fosse verdade. Que ele era…
-estás bem? – Perguntou uma voz masculina. Tom olhava para o chão, melancólico, mas tinha percebido o desperto de Clinton. Não havia sinais de Sarah e Sophie.
-Mais ou menos. Tive um sonho estranho…
-Não foi um sonho! – Interrompeu Tom.
Então, ambos perderam os seus pensamentos para aquele dia.

**Flashback**

O trovão ora tão forte que ninguém seria capaz de o impedir ou mesmo evitar.
Atingiu Tom no braço. Este caiu no chão, gritando. Tentou levantar-se, mas foi repelido de novo para o chão, devido à dor. Tentou de novo, conseguindo à terceira vez, agarrar-se a um poste. Avançou lentamente, com a mão esquerda a proteger a ferida no braço esquerdo atingido pelo raio. Pensou em voltar para trás, mas estava muito longe. A chuva não parava e caía no seu braço como ácido, tal como Sarah sentia. Como é que era possível que a água o magoasse tanto? A ele?

****************
Clinton não notara no raio. Vira algo mais. Figuras negras passeavam pelo céu, como turistas numa visita a Londres. Vira também fogo. “Fogo?”.

*****************
Sarah tinha parado de chorar. Sophie começara, sem querer. Vira o primeiro raio atingir o solo. Formou-se outro. Esse atingira um poste eléctrico perto das duas.
- Vamos embora daqui! – Sophie levantou-se e pegou na mão de Sarah, ainda gelada. Ambas correram pela rua adentro, afastando-se cada vez mais do hospital. Formou-se um terceiro. Pararam perto de um muro de tijolos. Não notaram que estavam perto de uma árvore.
-Mas que noite! Nunca vi nada assim! – Exclamou Sophie.
-Nem eu! Não é normal este tipo de tempestade em Londres.
Sophie virou a cabeça para o raio que se dirigia para elas.
Formou-se fogo. Como? Forte e indestrutível, pois a chuva nada fazia. Atingira a árvore num segundo. A imagem ainda não sairá da cabeça delas, quando o som surgiu. E isso aterrorizou-as ainda mais. Sarah caiu no chão, impotente. “Aquele fogo!” O mesmo de quando Tessy morrera. Aquele que ela própria provocara, estava ali! Deixou cair a cabeça e ficou imóvel. Sophie viu outro raio formar-se.
-Sarah, temos que sair daqui. O fogo está a alastrar-se e vai haver um quarto relâmpago. Não podemos ficar aqui! – Sophie tentou levantar Sarah, mas esta permanecia no chão.
O fogo estava cada vez mais forte, queimando só de olhar. O fumo não as deixava respirar em condições e a chuva piorava, agindo como comburente. Iriam morrer se ficassem mais tempo ali.
Sophie, em desespero, tentou apagar o fogo com magia, mas apenas piorava. “Porque é que magia não funciona?”.
-Sarah, temos de sair daqui – devido á falta de resposta, agarrou no braço da companheira. – Sarah? Sarah acorda! O que se passa?
-Foi eu que fiz aquilo! – Murmurou, ainda de cabeça baixa e olhos pregados no chão.
-Aquilo? – De súbito entendeu. O estranho acontecimento relacionado com a morte de Tessy.
-Sarah, o quer que tenha acontecido no passado ficou por lá. Eras uma criança e tendo ou não sido responsável, ninguém te pode culpar. Muito menos agora, em que a TUA vida está em perigo! – Tais palavras fizeram Sarah despertar. Olhou para cima. Sophie estava aninhada na frente dela. E o raio dirigia-se a ela.
-SOPHIE CUIDADO! – Gritou com toda a força que tinha na voz, apesar de Sophie se encontrar perto, empurrando-a para o lado.
Bateu com a cabeça no chão, gemendo de dor. Não havia sinal do relâmpago. Nem de Sophie. Pelo menos da Sophie que Sarah conhecera. Ela estava ainda aninhada em frente a um muro de heras. Heras, essas que não deviam estar ali.
-o que aconteceu? – Perguntou, observando o muro.
-se achas que é estranho aparecer do nada uma chama indestrutível, imagina agora um muro de heras. – Respondeu Sophie, levantando-se e observou o muro.
-como é que apareceu?
-Veio das minhas mãos!

*********************
Tom ergueu-se do chão. Tinha caído? Não sentira a dor. Viu que os relâmpagos tinham cessado. E a chuva. Mas o vento ainda permanecia forte. Tinha visto uma chama. Mas era impossível. De qualquer modo, já não havia sinais de natureza enraivecida. O braço ainda doía, e sangrava bastante. Ouviu passos. Queria gritar, mas não conseguiu. Aproximavam-se cada vez mais. E viu Clinton.
-Estás bem?
-O que estás a fazer aqui?
-Vim á tua procura e das raparigas. Não sei onde é que elas estão! – Clinton estava visivelmente preocupado, com o cabelo louro molhado pela chuva e de varinha na mão.
-Elas não estavam contigo?
-estavam. Mas depois, quando a mulher do Quarto Escuro começou a cantar, Sarah sentiu-se mal e saiu do quarto. Sophie foi atrás dela. Ainda não voltaram.
-Temos que as procurar! – Tom assustou-se só de imaginar duas raparigas sozinhas numa noite estranha como aquela. Não que não confiasse em Sarah e não conhecesse Sophie o suficiente para saber que elas ficariam bem, mas o seu instinto protector atacava sempre em situações destas. Era algo que não conseguia evitar, sabendo o quanto Sarah havia sofrido.
-mas não achas que é isso que estou a fazer? Estou preocupado. Quatro Relâmpagos atingiram o solo. Podem tê-las magoado! – Clinton, irritado, deu um pontapé numa pedra que se encontrava no chão – desculpa.
-não faz mal! Dói-me o braço, mas a dor que o orgulho me provoca é ainda maior. Não devia tê-la deixado sozinha!
-és demasiado protector de uma amiga.
-ela é tudo o que tenho!
Clinton calou-se. As más-línguas comentavam que Tom e Sarah eram mais do que amigos, enquanto os conhecidos diziam que eram apenas próximos. E agora entendia. Eram família. Tal como ele tinha a sua avó.
-bem. O melhor é irmos. Precisas de ajuda?
-não, eu consigo andar sozinho.
Iam a dar a volta, quando a rajada de vento levantou a pedra, outrora pontapeada por Clinton. Tom foi levado contra o muro, batendo com força. Clinton foi seguido por ele. A rajada foi seguida por chuva intensa. Clinton perdeu a varinha contra o vento e tentou agarrar-se para que não caísse. Tom segurou-se a uma pequena grade de ferro colada ao muro. Quando a rajada abrandou, tentaram mexer-se, mas parecia impossível. Um prédio ali próximo perdia as suas telhas. Uma voou para perto deles. Tom levou com a barra na cara, caindo no chão, gritando com toda a força. Clinton tentou chegar-lhe e levantou-o devagar, vendo a ferida. Era um corte profundo de onde saia bastante sangue. Clinton tentou pô-lo debaixo de um abrigo, mas parecia que isso se encontrava bastante longe deles. Outro objecto aproximava-se com o vento, desta vez uma barra metálica. Bastante pesada. “Como é que algo tão pesado possa ser levantado pelo vento?”. Não tivera tempo para pensar numa resposta.
Impotente, pôs as mãos a tapar a cara, quando a barra se aproximou dele. Viu algo branco. Brilhos fortes que abrandava o vento. “Impossível!”. Esses brilhos saíam das suas mãos.
Tom olhava, assombrado com o que via. Vira a cena desde o início. Os brilhos nas mãos de Clinton que, de imediato, abrandaram o vento, e a pequena pedra que surgiu no seu pescoço. A chuva cessou.

Sarah correu. Sophie correu ainda mais. Nenhuma falara durante o percurso. Aquilo não era normal!
Chegaram ao sítio onde se encontravam os rapazes. Tom encontrava-se ferido no chão, com a mão pousada no corte, com o braço esquerdo ainda a gemer de dor. Clinton estava de pé, imóvel.
-Tom! – Sarah correu para perto do amigo. Sem pensar, pôs a sua mão na ferida e, com a varinha curou-a.
-Estás melhor? – Perguntou. Sophie aproximou-se deles.
-estou! E vocês? Estivemos preocupados!
-Pois… Aconteceu uma coisa estranha – disse, virando-se para Sophie.
-Pois a nós também. – Concordou, virando-se ele também para Clinton, ainda de pé.
-Clinton o que se passa? - Perguntou Sophie.
Este virou-se para eles.
-Tu tens uma pedra igual à de Sophie! – Gritou Sarah, espantada, pois a pequena pedra que suspendia no pescoço de Clinton por um fio de cobre era igual ao que surgira quando Sophie fizera o muro de heras aparecer.
Ambos olharam um para o outro, surpreendidos. Não haviam notado nos colares. Sophie exibia um verde, que lhe lembrava “o olho da criatura!”, pensou. Já a Clinton fazia lembrar o cristal que Forrest tinha, mas da cor de fumo branco. Ambos tinham a forma de gota de água.
-como é que? – Começou Tom.
-impedi uma barra de chocar contra nós. – Disparou Clinton.
-ela fez um muro de heras surgir à nossa frente. – Continuou Sarah.

Os quatro entreolharam-se. Não sabiam o que dizer. Um grito quebrou o silêncio. Clinton lembrou-se então das figuras negras do céu. De facto quatro pontos negros mostravam-se no céu escuro. Desapareceram.
-O que é que se passa aqui? – Perguntou Clinton, já farto de tanto mistério á volta deles.
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Mensagem por AnA_Sant0s Sex 19 Dez 2008 - 15:19


13. Uma noite estranha parte 3


(continuação do flashback)

O silêncio cobriu os rostos dos quatro. Sarah estava preocupada com as feridas de Tom, enquanto este apenas fitava Clinton e Sophie.
As quatro figuras surgiram de novo no céu, mas eles já não as viam. Aproximaram-se. Sophie olhava para o outro lado da rua, distraída. Quando piscou o olho viu a Criatura.
-“Obrigada!” – disse, com a sua voz calma para Sophie.
-Obrigada? O que quer dizer com isso? A criatura fala? Tu sabes que criatura é esta? – Clinton no meio de tantas perguntas esqueceu-se de olhar em volta. 3 Vultos aproximavam-se á volta deles, formando um círculo.
-é uma longa história! – E Sophie contou-lhes tudo sobre a conversa que teve com a Criatura. Estes ouviram com atenção e espanto cada palavra. No final, Tom gemeu de dor e Clinton e Sarah permaneceram calados. Uma das criaturas aproximou-se e, tal como a Fénix, curou as feridas com as suas lágrimas.
-tens a certeza que estas criaturas não são Fénix? – Perguntou Sarah, aproximando-se das feridas, agora saradas, do amigo.
-“Nós não somos Fénix, nem hipogrifos, nem qualquer outra criatura! Temos cada parte deles, mas não temos o seu nome.”
-então, não têm nome?
-Sarah! Isso não importa agora! Tu ouviste o que Sophie disse? Que eu e ela somos…. Responsáveis por uma guerra!
-Eu não disse isso Clinton! Eu disse que nós e mais dois somos os únicos capazes de impedir uma guerra entre a Natureza e o Homem…
- Mas como é que fomos escolhidos?
-“Os nossos donos escolheram-vos!”
-isso faz-me lembrar… disseste que os meus pais estavam relacionados com o teu dono! É essa a razão pela qual sou uma escolhida?
-“Sim!”
-então… mostra-me! Mostra-me os meus pais e os teus donos!
-“Não posso! Os nossos primeiros donos criaram tudo em nós, incluindo as nossas mentes. Criaram-nas para que soubéssemos tudo, menos o nome deles. É que, apesar de Criatura inexistente, ainda temos sangue, coração e cérebro. Como tal, se fossemos apanhados por um feiticeiro maligno, ele poderia obrigar-nos a dar-lhe as nossas memórias. Daí que nada sabemos sobre os nossos donos. Apenas do tempo em que eram vivos, dos seus amigos e muito mais… mas não deles! ”
-mesmo assim!... quero saber mais sobre esta história e o passado talvez me responda a algumas.
- “Muito bem”

As quatro criaturas fizeram os seus olhos de cristal e as pequenas pedras de Clinton e Sophie brilharem para jovens ainda atordoados com o que estava a acontecer, principalmente Sarah e Tom, que não tinham nada a ver com aquilo.
Surgiu-lhes uma imagem. Era uma sala de duelos. O Clube dos Duelos. Lá encontravam-se alunos das quatro equipas, sendo a de Slytherin a predominante. No “palco”, dois estudantes lutavam entre si. Viram o mais gordo, dos Slytherin vencer um dos Ravenclaw.
-quem me derrota agora, hã? Quero ver quem é melhor do que eu! – Gritou para o publico em euforia. Mas ninguém se ofereceu. Até que um rapaz alto, loiro e de olhos azuis subiu pelas escadas com um sorriso confiante. E encarou o adversário. Este deu altas gargalhadas:
-ah! Então o russo agora quer enfrentar aqui a malta de Inglaterra? Vê lá que nós não duelamos como na Rússia.
-Brutus, meu caro. Devias mais preocupar-te com o teu almoço do que o meu bem-estar, mas obrigada.
Risinhos ouviram-se:
-hum… estás com muita piada hoje, Spassky!
Tal nome fez Sophie dar um salto:
-aquele homem… é… meu pai?
Sophie observou melhor o homem. Alto e elegante, fazia muitas raparigas do público delirar. Parecia-lhe inteligente e decidido. “Tão perfeito! Porque falhou como pai… meu pai?”, perguntou-se a si própria.
Já no centro, o duelo começou. Brutus atacava rápido, dando pouco tempo a Spassky para se mover. Mas este conseguia. Era ágil. E esperto. Tom viu nisso. Enquanto Brutus atacava com os piores feitiços, os Slytherin riam-se de Spassky que lançava feitiços leves sobre Brutus, que o atingiam no peito.
O duelo demorou um pouco mais do que o previsto para Brutus. Começava a ficar cansado, de tantos golpes que o seu corpo levara. Já o adversário não tinha nenhuma ferida. Caiu sozinho. E um professor gritou com todas as forças:
-E o Sebastian Spassky, dos Ravenclaw ganha contra Brutus!!!!
Palmas ouviram-se de todo o lado. Raparigas soltavam piropos e olhares desesperados, mas o olhar de Sebastian ia para uma rapariga. Que mal lhe fixava a vista. Outra subiu ao palco. Tão bela com aquela que desejava. Cabelos louros como o sol, olhos cor de avelã e um rosto angelical. Rosto que encostou á sua cara para lhe dar um beijo de prémio.
-Parabéns! Provaste ao Brutus que os russos é que mandam!
-tens muita piada, Meredith… – Sebastian retribuiu o beijo na face. Sophie perguntou-se se aquela era a sua mãe.
Ambos desceram e saíram da sala. Sem pensar Sophie correu atrás, seguida pelos outros. Os dois pararam.:
-Lutaste muito bem! – Começou Meredith.
-obrigada! Bem ouvi os teus gritos! Mais um bocado e bem podias ter trazido pompons!
-não tem piada. Mas não devias responder ás piadas do Brutus. Sabes que ele gosta de se meter com os outros.
-ou melhor dizendo, comigo!
As duas faces encontraram-se e, sem tirar os olhos um do outro, ouviram mais aplausos da sala dos duelos. Depois surgiram dois rapazes:
-muito bem Sebastian, ganhaste! Aqui tens os teus 10 Leões. – Disse um, entregando um pequeno saco com moedas dentro.
-leões? Sebastian, tu apostaste neste duelo? – Perguntou Meredith, exibindo uma cara enfurecida.
-bem… todos apostavam que eu ia perder contra o Brutus, por isso aproveitei…
-podias perder!
-sabes bem que o Brutus tem mais barriga do que miolos. Essa é a maior vantagem num duelo contra ele. E ganhei, não?
-vocês homens e essa mania de apostar…
-mas vocês mulheres não vivem sem eles. – Disse Sebastian, desdenhoso.
-infelizmente – acrescentou a companheira, suspirando.
-por alguma razão te chamam Super-mãe! Estás sempre a controlar os outros!
-faço-o por uma boa razão!

Sophie olhava maravilhada cada gesto do pai, como se este fosse seu ídolo. Esqueceu, por momentos, que nunca tivera pais. Aquele homem parecia tão perfeito. Cada vez que mexia no cabelo curto e dava um belo sorriso, Sophie tremia. Será que mãe tinha sentido o mesmo a olhar para aquele homem? De súbito olhou para a outra mulher. Seria a namorada? A sua mãe?

Meredith e Sebastian começaram a falar do jogo de Quiddicth no dia seguinte, até que um gritinho interrompeu a conversa. Surgiu uma figura feminina de cabelo castanho amarrado num rabo-de-cavalo e olhos pequenos azuis-claros.
-olá Meredith! Olá Sebastian! – Cumprimentou Theresa, dando um pequeno sorriso ao pronunciar o último. – Ouvi dizer que ganhaste contra o Brutus.
-bem, as noticias correm depressa! – Respondeu, tentando não olhar para a rapariga.
-e ainda bem... Finalmente as pessoas sabem do que é que vales! – Disse, agarrando o braço dele bruscamente, não lhe dando hipótese de fugir. – Tens companhia para sábado? Para Hogsmeade?
-eu… bem… tenho a Meredith! – Exclamou, dirigindo um sorriso desesperado para a amiga. Esta riu-se.
-não! Eu por acaso, já tenho companhia… mas não te preocupes Sebastian, tens a Theresa para te acompanhar! – E saiu da sala, deixando o amigo entrelaçado com a rapariga.

As criaturas levaram-nos para outra memória. Ninguém disse uma palavra. Já Sophie em pensamento, levava um interrogatório. Todas as peças encaixavam-se. Ou melhor quase todas. Olhou para Sarah e Tom. Eles eram os únicos fora do puzzle. Ou não. Lembrou-se dos acontecimentos no comboio. As lágrimas de Tom, o facto de uma das Criaturas ter ajudado Sarah e o incidente do fogo. Perguntou-se se eles não seriam os outros dois escolhidos. Mas se fossem, porque é que os poderes deles não despertaram?

Chegaram aos relvados, perto do campo de Quidditch. Vários alunos saíam de lá. Uns para comemorar, outros para rogar pragas para as outras equipas. Sebastian lançava fumo pelas orelhas quando saiu, seguido por Meredith, equipada, do campo.
-arght! Não podias ter feito melhor?
-ei! Sou só a chaser dos Ravenclaw! Não sou responsável pelas quaffles que entram nas argolas e nem na snitch.
-mas podias ter feito melhor!
-pára de reclamar que fiz tudo o que pude. É que nem passavam 15 minutos desde o início do jogo e já a maldita Campbell tinha a snitch.
O último nome fez Sarah saltar do seu lugar. Não era possível! Até Ela era uma sheeker… que mais semelhanças com ela tinha em comum? Tom agarrou a mão dela. E o choque passou.
-pois! A culpa é toda dela! Sim, é culpa dela! – Sebastian estava prestes a fazer buracos no chão de tanto dar á roda. Distraído não reparou numa figura que surgia por detrás das imagens de Sophie, Clinton, Sarah, Tom e das Criaturas, passando por entre eles.
-essa maldita! Deve ser bruxa! Como é que ela consegue adivinhar onde é que a mísera bola dourada se encontra? É que nem os nossos shekeres com óculos conseguem ver… Deve fazer batota. Sim… deve ser isso. Ela deve ser uma… – Sebastian parou o “passeio” ao dar de caras com a figura. Deu um salto para trás, assustado. – Aaaaaaaaiiiii!
-podes continuar! – Falou a figura, com a cara ainda não visível para os outros.
-ah... não disse nada!
-tens cá uma lata! primeiro insultas as mulheres, depois vens com falinhas mansas quando elas te apanham. És falso! – Avançou, com o seu uniforme de Quidditch e, ao tirar o rabo-de-cavalo, Haydée virou-se.
Escusado será dizer que o choque surgiu em três tempos. As diferenças entre mãe e filha eram muito poucas, mas certamente Tom e Clinton elegeriam Sarah como a mais bela. Haydée tinha um olhar malandro. Sarah relaxado.

-não precisas de ser tão dura, Haydée. – Interveio Meredith.
-vá lá, Mer. Sabes bem que um dia uma pessoa que eu conheço vai dar cabo da dignidade que resta a ele.
-o que queres dizer com isso? – Perguntou, com cautela, Sebastian. Surgiram-lhe dois nomes á cabeça. Tremeu só de pensar em ter os dois contra si.
-tu sabes bem o que quero dizer… mas enfim… não posso ficar aqui! Tenho que ir… celebrar com a minha equipa! Adeus perdedores! – E dirigiu-se para o dormitório.
-Eh!!! Continua a gozar Campbell, mas um dia irás pagá-las!!! – Gritou, meio sério, meio na brincadeira, Sebastian.
Meredith riu-se.

E os quatro voltaram.

** Fim de flashback**

-enfim… é o destino. – Disse Tom, quebrando o silêncio.
-destino? Para ti é fácil que não põem uma responsabilidade destas na mão… e já agora, como vim aqui parar?
-estava cansado e adormeceste ai.
-sim, mas “ai” aonde? Onde estamos?
-não sei.
-onde estão as meninas?
-lá fora!
E voltaram ao mundo do silêncio. Lá fora, o sol nascia, as nuvens desaparecia, o orvalho e o resto da chuva evaporavam e o vento soprava levemente. Não havia sinais daquela noite estranha.
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Mensagem por AnA_Sant0s Seg 22 Dez 2008 - 15:00

14. A parte da história que não contaram parte 1

Havia sinais de destruição por todo o lado, especialmente em St. Mungus, onde os 5 raios não passaram ao lado.
Os pacientes do 3º andar que já estavam feridos, ficaram com pequenas queimaduras, que foram logo tratadas. Mas o choque não desaparecera. Ninguém sabia como é que aquilo tinha acontecido. Homens e mulheres saíram para ver o que tinha acontecido. Alguns tiveram que alterar a memória de certos polícias que estavam no local a avaliar os estragos. Também os muggles não conseguiam explicar o que tinha acontecido.
As duas figuras de manto negro surgiram por entre dois homens do ministério.
-então Max, o que aconteceu? – Perguntou a figura masculina, com a sua voz altiva.
-ninguém sabe. Nem nós. Estava previsto ser uma tempestade normal, mas algo mudou. Ainda estamos por descobrir se foi obra de algum Devorador da Morte em busca de sarilhos. – Respondeu um homem por volta dos 30 anos, de alta estatura, cabelos castanhos-claros e olhos da mesma cor. Tinha uma cicatriz na sobrancelha esquerda, ganha num duelo e o hábito de usar um sobretudo bege, dado pela mãe.
-pensava que já tinham sido todos apanhados! – A figura feminina falou, tirando o manto que lhe cobria o rosto.
Max perdeu-se a olhar para ela. Sempre a considerava uma espécie de Deusa. Uma Afrodite do séc. XXI. Cabelos encaracolados da cor do fogo, olhos verdes como a relva do jardim da sua casa, cara perfeita… Sempre desejara Emily. Mas esta apenas tinha olhos para outro. Bastava a Max saber quem era.
-Quase todos! Ainda há bastantes, mas são apenas rebeldes… ou loucos. – Virou-se para Emily. – Então, como vai o teu trabalho? Ainda não percebi em que secção do Ministério é que trabalhas.
-é pouco importante para o caso. Há consequências? – Emily olhava para um rapaz que tinha levado com uma barra na cabeça e nas curandeiras que lhe davam remédios para as dores e depois para curar a ferida.
-Há, materiais. Não me respondeste à pergunta!
-qual?
-como vai o trabalho?
-estamos a fazer progressos.
-e isso quer dizer que tens tempo para um café, certo?
-Devido aos acontecimentos desta noite, acho impossível, ela ter tempo para um café, Max – interrompeu a figura masculina, tirando também o manto, mostrando os cabelos loiros e os olhos cinzentos zangados.
-Oh, Oliver! Aprende a partilhar! – Max deu alta gargalhada, calando-se quando Emily olhou-lhe com desdém
Esta afastou-se dos dois homens e olhou para St. Mungus, pensando na mulher no Quarto Escuro. Era urgente que Ela acordasse. Precisavam dela!

**

Suspirou. Podia sentir o frio a congelar-lhe os ossos. Estava numa casa abandonada, mas no entanto ainda viva de memórias. Via molduras e quadros de família. Estes continuavam a sua vida, ignorando os estranhos na sua casa. As janelas abriam e fechavam ao som do vento, mas nem ela nem a sua companheira se mexeram para trancá-las. Olhou á volta.
Sophie estava talvez numa das mais belas casas que tinha visto. A divisão, que se semelhava a um escritório abria portas para um átrio luxuoso com móveis de grande qualidade. O escritório exibia por si só uma estante cheia de livros volumosos e cheios de pó. A mesa era do estilo vitoriano. As janelas eram decoradas por belas cortinas cor de pérola e suportadas por madeira de sobreiro. Havia pequenos vasos, excelentemente colocados na mesa, nas janelas e numa pequena cómoda também do estilo vitoriano, junto à porta. Vasos de porcelana com imagens maravilhosas de escravos a plantarem açúcar, no Brasil. Havia também um divã, onde Sarah se encontrava a dormitar. Já Sophie, encontrava-se junto à janela.
Ouviu dois quadros conversarem entre si e, com curiosidade, resolveu perguntar:
-desculpem. Podem dizer-me…
-esta casa está assombrada! – Interrompeu o quadro de um monge que, com o seu terço na mão, proferiu as palavras benzendo-se.
-assombrada?
-sim, filha! Esta casa passou por desastres. Não fiquem aqui!
-mas o que é que aconteceu de tão mal nesta casa?
-há dezassete anos, o dono desta casa vivia feliz. Os filhos tinham crescido e criado família. Tinha netos. Um emprego. Uma família. Desde a morte da mulher que se sentia só, mas os seus cinco filhos deram-lhe razões para viver. Formaram-se como excelentes notas, arranjaram empregos de sonho, quem os conhecia diria que eles eram amigos dos amigos e bastante divertidos. Até que um dia tiraram-lhe tudo!
-tudo? Como tudo?
-em dois dias, o homem perdeu três dos seus cinco filhos. Foi um assassinato geral pois nem os cônjuges nem os netos se safaram.
-mas que horrível! – Não conseguia imaginar tamanha dor. Perder os filhos e netos para o mesmo homem.
-foi o mesmo homem?
-ninguém sabe. Foi um mistério! Eles eram excelentes feiticeiros e morreram como muggles.
-mas que terrível.
-pois... o homem entrou em depressão e acabou por morrer. Perdera as razoes da sua vida. Os dois filhos que lhe restaram também entraram em depressão, afastando-se uns dos outros. Após dois anos, a casa estava abandonada.
Sophie sentiu uma dor no coração. Um pai que perdera os seus cinco filhos. Dois para o destino, três para a morte. Não tivera mais ninguém. Morrera sozinho. Sem razões de viver. Ela tinha sorte. Nunca tivera uma família para depender. Se alguém da sua família morresse, não seria problema dela, pois não o conhecera.
Sarah acordou:
-onde estamos? – Perguntou, meio ensonada.
-na casa assombrada! – Respondeu o quadro do monge.
-hã?
-ao que parece, esta casa tem uma história. E não tem final feliz.
-pois sim... e os rapazes?
-Devem estar num dos quartos. Estavam muito cansados. E tu também!
-pois, aquela noite… não foi um sonho?
-não… tudo o que viste é real. – E para provar, mostrou o cristal da Terra, outrora escondido na camisola.
-céus! Mas que confusão! – Colocou a mão direita sobre a sua testa – é tanta informação estranha para mim.
-e para mim.
Calou-se.
-desculpa! Esqueci-me que tu tens muito mais a ver com esta história do que eu. Alias, eu acho que nem devia estar aqui. Não tenho nada a ver com isto.
-eu não acho!
-o que queres dizer com isso?
-não importa agora. Primeiro tenho que ter as minhas respostas. – E saiu da divisão. Tivera tempo suficiente para pensar nas perguntas a fazer e nas respostas.
O átrio devia ser a sala de família. Apesar da casa ser grande, sentia um grande conforto familiar ali. A lareira, cheia de cinzas, revelava-se inútil num canto da casa. Dois sofás de couro faziam frente a ela. Havia taças e quadros. Todos pendurados em ordem e em excelente gosto. Uma grande alcatifa de tecido marroquino decorava um pequeno espaço onde não foi difícil de imaginar danças de salão feitas pela família. A sul estava a porta de entrada. E a norte as escadas. Era talvez o que mais beleza dava ao átrio. Grandes e corridas por um longo corrimão, faziam uma linha curva.
Parou junto às escadas. Esperou que a Criatura aparecesse.
-preciso de respostas! – Começou, um pouco nervosa.
-“Penso que já tas dei!”
-não. Apenas me puseste mais confusa. Quem era aquele homem? E a mulher? Melhor dizendo… quem eram os meus pais? Porque é que me abandonaram? Era por causa do meu poder?
-“Não Sophie! Não foi por isso!”
-então porquê?
-“É uma longa história.”
-estou pronta para ouvi-la! Quero saber aquilo que não me contaram! – Disse decidida.
-“Muito bem!”.
-espera! Quero que eles estejam por perto! – Dirigiu-se ao escritório para chamar Sarah e depois correu escadas acima ara se encontrar com os rapazes no corredor. Já todos juntos em baixo, as quatro criaturas e eles olharam-se.
-há aqui qualquer coisa que cheira mal! A história que nós ouvimos em miúdos não parece real. – Declarou Sophie. – Quero saber o que falta neste puzzle.
Clinton e Sarah acenaram a cabeça. Já Tom nada fez.
As criaturas mostraram uma nova memória. Desta vez era num jardim. Uma pequena menina ruiva, que aparentava onze anos, passeava calmamente. Ao seu lado estava Sebastian:
-hei! Não fiques assim! Hogwards não é assim tão mau!
-mas os meus amigos da escola não vão para lá. Porquê? – disse a menina, exibindo um ar triste.
-porque não são especiais como tu!
-mas é mesmo mau. Queria tanto que o Jim fosse para lá.
-Jim? Por amor de Deus, Emily… andas a trair-me? – Perguntou mostrando um ar chocado que fez a pequena menina rir-se.
-ele é da minha idade!
-pois… isso é que é uma pena. Se fosses mais velha, não me escapavas, sua menina bonita. – Sem esperar resposta, pegou nela ao colo e deu-lhe um beijo na face rosada. Tal acto de amor fez Sophie morder o lábio. Era impossível aquele homem tê-la abandonado. Ela tê-la-ia amado. Pensou então na sua mãe. Poderia tê-la afastado dele. Poderia ser ela a culpada por ela não ter família. Os pensamentos foram interrompidos por um berro:
-Emily... vamos para casa!
-oh, Lucinda… só mais um bocadinho! – Emily fez beicinho.
-é que nem penses!
-andas de mau humor Lucinda! O que é que aconteceu? O teu pai obrigou-te a comprar mais tecido para a tua saia? A culpa é tua... tens a mania que tens que mostrar as tua bel... quero dizer… as tuas pernas! E depois alguém fica zangado. E olha que não são os rapazes da festa. Esses divertiram-se á brava!
-seu estúpido! Ninguém lhe dirigiu a palavra! – Lucinda surgiu por detrás de um arbusto. – Emily, vamos embora!
Sophie pôs então de lado a teoria de Meredith ser sua mãe. Lucinda tinha a sua cara e os seus olhos. Apenas diferia dela no cabelo. Era ruivo claro. De resto era a cara chapada dela. Quantas vezes vira aquela expressão furiosa no espelho. A sua expressão!
-hum... parece que hoje não posso falar com a tua maninha!
-olha Spassy, hoje não estou para ouvir as tuas piadas! Emily vamos embora que, mais uma vez, o pai pediu pizza. Não sei como pode gostar tanto dessa comida muggle!
-é muito boa!
-cala a boca Sebastian! Emily, vamos!
-oh, finalmente que me tratas pelo nome! Estamos a fazer progressos.
-será necessário recorrer a artilharia pesada para tu parares de te meter?
-depende dessa artilharia pesada. Tu ainda tens dezasseis anos e não podes fazer magia fora de Hogwards, ao contrario de “moi”.
-Farei anos na próxima semana. E pensava que eras russo e não francês!
-podem parar de discutir os dois? – Meredith aproximou-se. – Estava no outro lado do parque e conseguia ouvir-vos. Não sabem fazer mais nada a não ser discutir? Parecem criancinhas!
Sebastian e Lucinda coraram e viraram a cara um do outro. Emily riu-se, assim como Sophie. Então os pais tinham uma relação amor-ódio!
Meredith pegou na mão de Emily:
-vocês podem ficar aí, mas nós vamos comer pizza!
-como assim?
-Ah, pois é Lu! Os teus irmãos convidaram a mim e á Mer para jantar. Espero que não te importes. Até porque é uma festa pijama. – Chegou-se ao ouvido de Lucinda – gostava de saber o que é que usas como pijama.
-ai, seu estúpido! – Empurrando-o e correndo para fora do parque.
Sebastian riu a alto e bom som.
-porque é que estas sempre a discutir com ela? – Perguntou Meredith, com ar cansado.
-porque ela fica sempre nervosa! Assim em piada!
-um dia vais-te arrepender dessa brincadeira.
-como assim?
-não te faças de parvo. Estás apaixonado por ela!
-ui, a sério? – Perguntou Emily, até agora calada.
-mentira! Apenas me divirto com a cara de parva que ela faz. Bem agora vamos andando que eu tenho fome. – E apressou o passo para fora do parque. Meredith e Emily seguiram também, comentando:
-ele gosta mesmo dela!
-e ela também!
-a sério? – Questionou Meredith.
-sim! A Lu dá-se bem com todos os rapazes menos com o Sebastian. Por alguma razão deve ser.
-hum…Estou a ver que andas a aprender algumas coisinhas sobre romance.
-Tenho as melhores professoras! – Emily sorriu, até que chegaram perto de casa. Sophie e os outros olharam surpresos para a mesma casa onde passaram a noite. Mas havia diferenças. Havia vida. Viram Lucinda e Sebastian a discutir de novo nos degraus das escadas do alpendre. “A minha mãe morou nesta casa! Aquela era a minha família!”. E sabia qual fora o destino daquela família. Ganhou o medo de descobrir os restantes donos da casa. Surgiu outra personagem. Um homem já nos quarenta de cabelo escuro e olhos verdes, cor de esmeraldas. Apesar de ser noite conseguia-se ver a cor.
-podem parar de discutir vocês dois? Jesus! Fazem-me lembrar quando eu e a Mary discutíamos. Casamos no mes seguinte!
Lucinda entrou logo dentro de casa e Sebastian olhou distraidamente para a rua, de onde surgiam Meredith e Emily. Entraram todos em casa. Os outros seguiram-nos.
A casa estava igual, mas mais alegre, com a lareira ligada, apesar de ser verão. Via-se almofadas, prontas para uma pequena guerra. Apenas os quadros provavam que aquela casa pertencia a feiticeiros. Todos tiraram os seus casacos, mostrando os seus pijamas. Sebastian gozou com Lucinda pelo seu ter pinguins.
O homem das pizzas chegou e, em vez de ser Meredith, Sebastian, Lucinda, Emily ou o dono da casa a abrir, foi um jovem, vindo da cozinha:
-muito bem! Aqui tem o dinheiro! – O jovem voltou-se. O cabelo despenteado dava-lhe um ar desleixado, mas os belos olhos cinzentos davam, ao mesmo tempo um a encantador. Alto, magro e de lábios grossos, aparentava vinte anos:
-então Dennis, o que tens aí? – Perguntou Lucinda.
-tenho duas de peperonni, uma de mozarella, duas tropicais e duas com anchovas.
-as de peperonni são para os convidados. – Pegou na varinha e pôs duas pizzas na frente de Sebastian e Meredith. – E a de mozarella é para mim e para a Emily – agitou e uma pizza ficou à sua frente e da filha mais nova. – As outras dividam entre vós.
-muito bem então eu fico com a tropical! – Dennis e Lucinda mal tiveram tempo para pegar nas pizzas que elas já voavam em direcção ao topo das escadas onde eram esperadas por duas sombras.
-isso não é justo! Vocês comem sempre as melhores e nós é que ficamos com as de anchovas! Dennis, faz alguma coisa! És o mais velho! – Ordenou Lucinda, virando-se para o irmão mais velho.
-e o que queres que faça? Eles são rápidos!
-e mais uma vez ganhamos, não? – Falou uma voz feminina, familiar para Sophie, Clinton, Tom e Sarah.
-ganharam! Agora podem dar-nos essa pizza... só desta vez!
-adoro ouvir-te implorar Lu! – E descendo pelo corrimão, surgiu um rapaz de dezassete anos. Tom e Sophie sobressaltaram-se.
-vá lá John! Estou sempre a comer as piores! Não achas que era mais justo para mim! A tua maninha preferida!
-para tua informação, não és a minha maninha preferida. – John era talvez um irmão gémeo de Tom, mas o cabelo era desalinhado, tal como Dennis. Ainda assim, era bastante atraente.
-pois não. A preferida sou eu! – E do corrimão desceu a quinta irmã.


Última edição por AnA_Sant0s em Seg 22 Dez 2008 - 15:12, editado 1 vez(es)
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