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The Four elements

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Mensagem por AnA_Sant0s Seg 24 Ago 2009 - 16:28

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A luz do sol iluminou o quarto onde uma rapariga dormitava. Os seus cabelos castanhos-escuros tapavam o seu rosto, impossibilitando a rapariga de receber os raios solares. Mas de algum modo, Sarah despertou.
Olhou à sua volta. Ainda estava no mesmo quarto onde tivera aquela “conversa” com Clinton. E estava tudo na mesma. No entanto, sentia que se haviam passado anos. Estava mais leve nas pálpebras e, no pequeno espelho do quarto, pôde ver que ganhara mais cor. Mas o estômago roncava, pedindo comida.
Levantou-se e desejou ter uma banheira de água quente, roupa limpa e um manjar.
Mordeu o lábio. Aquela não era a sua casa. Não mandava ali. Mas Tom e Sophie mandavam. Afinal eram netos do antigo dono da mansão onde pisava os pés.
Avançou pelo corredor em direcção às escadas e quase que foi contra Clinton.
Este estava completamente despenteado e bocejava bem alto. A sua roupa estava completamente encorrilhada, sinal de descuido ou então de uma noite agitada e os olhos ainda estavam vidrados.
-Já acordaste? - perguntou, com a voz ensonada.
-Sim. Sabes onde está o Tom e a Sophie?
-Lá em baixo. Que eu saiba tu é que me trouxeste aqui pra cima.
-Pois foi. - Sarah lembrou-se então do que Clinton lhe dissera. Anna era prisioneira de Forrest. Necessitavam de um meio de a buscar. Que estava ela a pensar? A história era tão irreal. Tão irreal quanto ela, Tom, Clinton e Sophie poderem fazer coisas fora do comum, como erguer uma sebe.

Desceram os dois as escadas e notaram num vulto no sofá. Sophie dormia como um anjo, exibindo um sorriso.
Segundo as cusquisses das Ravenclaws, Sophie só exibia sorrisos quando sonhava com os pais. Sabiam que era deles, porque de vez em quando ela soltava um “pai” ou um “mãe”. Sophie negara sempre esses sonhos, até porque não se lembrava. Mas todos sabiam que ela os tinha.
E agora tinha mais que um motivo para sonhar com os pais. Eles não a abandonaram. Era filha de pessoas honradas que sempre a desejaram.

Clinton aproximou-se da rapariga loira e sussurrou-lhe ao ouvido uma leve melodia. Sophie acordou calmamente, erguendo-se do sofá, como se este fosse a sua cama. Sarah imaginou estar perante um encantador de cobras e a sua serpente.
-Meus meninos? - A vozinha de Dorothy soou pela sala de estar. A Elfa encontrava-se atrás dos três jovens à espera que notassem na sua presença. Os três viraram-se. - Tenho um pequeno almoço reforçado feito especialmente para vocês. O menino Tom já está a comer.
-Oh, esse é como os galos. Madruga sempre. - comentou Sarah, dirigindo-se para a cozinha com Clinton e Sophie.
De facto, Tom já se encontrava a comer uma tosta na mesa da cozinha. Esta estava completamente cheia de comida, desde tostas douradas, leite, vários sumos, panquecas, fruta e outros manjares que quatro jovens cheios de fome poderiam comer.
Sentaram e começaram a devorar a comida.

**

-Uau. - Foi tudo o que Dennis conseguiu dizer ao admirar a sua antiga casa. Nos subúrbios de Londres, a casa Spierbesen mantivera-se de pé durante cinquenta décadas, sendo uma das casas mais antigas do Reino Unido. Isto é, aos olhos dos muggles. - Está na mesma.
Vieram os seis de carro. Enquanto Oliver conduzia com Dennis ao seu lado, Emily ia com Max e Susana no banco traseiro. Bella dormia no colo da mãe.
Foi a meio da viagem que Max notou que Emily escondia algo na sua mão esquerda. Ao observar melhor, viu o que constatou ser um anel de noivado.
-Estás noiva?! - gritou, acordando a pequena e fazendo Oliver desviar-se um pouco da rota, devido ao susto. Dennis virou-se para o banco de trás, fitando a irmã.
-O que é que ele disse? - De seguida reparou no anel de Emily. Esta estava embaraçada com a situação, mas nada fez para esconder o anel.
-disse que eu estou noiva.
-E é verdade?
-Como podes ver - ergueu um pouco a mão, mostrando o anel. No banco do condutor, Oliver sorria.
-E quem foi o tipo? - Max não parava de gritar, nem mesmo quando Susana fulminou-o com os olhos por ter acordado a filha. Tentou decifrar a resposta, olhando para Emily constantemente. Até que decidiu perguntar a Oliver se sabia daquilo. E viu o riso do chefe. - Não acredito que o fizeste, Stroke!
Dennis virou-se como um raio para Oliver. Este olhava, pelo espelho retrovisor, para Emily, sorrindo para esta, sendo o gesto retribuído.
-Lamento. Tivesses corrido mais depressa.
-Oliver. Eu não sou nenhum prémio. - repreendeu Emily num tom divertido, dando por fim a conversa. Pelo menos a partir daquele momento nenhum em dos seis pronunciou uma palavra. Como as redes de pó de floo estavam em reparação e estavam demasiado cansados para Desaparecer, decidiram viajar de carro. Era a melhor solução, até porque Susana e Max não conheciam a casa.

Saíram do carro e, por meros segundos, admiraram o belo edifício. Em seguida, Emily virou-se para o irmão:
-Tenho uma coisa a contar-te. - Este não ficou surpreso. De certo Emily quereria falar-lhe do motivo que a obrigara a pedir-lhe ajuda. - É sobre os nossos sobrinhos.
Dennis ficou branco como o cal. Sobrinhos? Emily não poderia tocar naquele assunto. Não podia mesmo. Falar dos sobrinhos, significava falar dos irmãos e amigos perdidos naquela semana fatal. Suspirou pesadamente. Devia ter calculado que Emily tocaria naquele assunto.
-Então fala!
-Eles estão vivos.
Max e Susana, que segurava a filha ainda dentro do carro, ergueram a cabeça, não entendendo o assunto. Dennis ficou chocado.
-Que queres dizer com isso?
-Que eles estão vivos. - Repetiu Emily, um pouco receosa.
-Mas como? - Dennis tentou controlar a respiração. Inspirou e expirou, até que conseguiu arranjar fôlego para continuar - O Clinton eu sei que vive com o pai, mas as outras crianças morreram.
-Não, não morreram. Por milagre do destino sobreviveram e o Ministério, para protege-los, não só afastou-os de nós como também vigiou-os de longe. Infelizmente não sei onde eles estão agora, desapareceram sem deixar rasto, mas vamos encontrá-los. Mas primeiro tenho que te contar tudo. - Virou-se para Oliver, Max e Susana. - É melhor entrarmos.

**

-Ouviram isto? - perguntou Tom, interrompendo a sua sanduíche. Ouvira um ruído. Talvez o motor de um carro.
-Não - Tanto Clinton como Sarah enchiam a barriga de comida, estando alheios a tudo em volta. Sophie, que já não possuía mais apetite, clareou os sons à sua volta, tentando escutar.
-Sim, estou a ouvir. É um carro. E passos. De pessoas.

Automaticamente, os quatro levantaram-se da mesa e correram para a porta. Sophie viu um grupo de seis pessoas.
-São seis. E vêm para aqui!
-Temos que nos esconder! - disse Sarah.
Tom achou um pouco embaraçoso o cenário. Os quatro corriam para a sala, para se esconderem nos sítios mais sombrios da casa. Dorothy observara os jo0vens, com um ar assustado.
-Dorothy, não tenhas medo! Nós estamos aqui! - sussurrou Tom, tentando confortar a Elfa, que se encontrava no meio da sala, a tremer que nem varas.
Ouviu-se o som de uma porta abrir. E vozes. Os quatro mantiveram-se escondidos. Sarah e Clinton estavam atrás das escadas, onde se encontrava uma pequena porta para uma despensa. Tom e Sophie estavam camuflados atrás da lareira.

Dorothy mantinha-se assustada. Tremeu ainda mais quando as vozes aproximaram-se da sala de estar. Até que viu caras.
Os grandes olhos do tamanho de bolas de ténis de Dorothy encheram-se de lágrimas ao olhar para uma mulher ruiva. Esta sorriu ao vê-la.
-Olá Dorothy.
-Menina Emily. - A Elfa correu para a dona, abraçando-a. O carinho que a família sentia por Dorothy era retribuído por esta de tal modo que ela era considerada da família. -Eu cuidei da casa como devia.
-Eu sei que sim. - Emily afastou a Elfa, que continuava a chorar. - Devias ter vindo comigo.
-Mas é minha obrigação tomar conta da casa do Senhor Spierbersen.
-Pois bem, agradeço-te. Tenho que te apresentar a Susana - disse, apontando para a cunhada - o Max - o seu dedo apontou para o homem de sobretudo com ar aborrecido - o Oliver já conheces e…
-Menino Dennis!! - Se a Elfa já chorava água suficiente para encher um balde, ao reconhecer Dennis, chorou rios de lágrimas cinzentas. - Havia muito tempo que eu não via o senhor. Agora está um homem.
-Pois é Dorothy. - Dennis abraçou a Elfa, apanhando-a de surpresa. - Nunca mais vos abandonarei.

-Onde está a Bella? - perguntou Susana, revirando a cabeça em busca da filha.
-Ainda agora estava aqui. - Emily revirou os olhos em volta da casa e notou em algo estranho em volta da lareira. Fixou os olhos ali, até que viu Bella. E alguém gritou.

Os quatro mantiveram-se atentos a cada palavras dos estranhos. Mas ficaram ainda mais confusos do que já estavam. Aqueles dois moravam ali? Mas já não tinham morrido todos?
Clinton estava prestes a perguntar a Sarah, quando esta o mandou calar. Uma pequena rapariga atravessava o fundo da escadas, explorando cada canto da casa desconhecida.
Quando a menina desapareceu, mantiveram-se calados.
Tom parecia ser o único que entendera a conversa. Aqueles dois eram os seus tios ainda vivos. Aquela era a sua família.
No entanto, no meio de pensamentos, reparou na menina que os mirava atentamente por entre as sombras. Ela sabia que estava ali alguém camuflado. Viu-a pegar em qualquer coisa que estava no chão e a aproximar-se. Pensou em avisar Sophie, mas esta estava distraída e apenas notou na presença da rapariga quando esta já tinha pousado uma pequena aranha no seu ombro, um segundo antes da sua voz soar por toda a casa.
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